quarta-feira, 30 de abril de 2014

Preocupações e Características da Meia-Idade



Introdução

Este trabalho tem como principal objecto de estudo as Preocupações e características da Meia-Idade, no qual debruçaremos sobre as mudanças que ocorrem na meia-idade, falaremos também sobre a crise  da meia-idade e outros aspectos relacionado ao tema já apresentado anteriormente.

O trabalho apresentado aqui, foi elaborado como material de estudo e consulta, proporcionando um fácil acesso à informação pretendida, através de um detalhado índice e uma cuidada explicação.
















Preocupações e Características da Meia-Idade

A meia-idade é uma fase que se inicia aos 40 anos e tem seu ponto culminante dos 60 aos 65 anos. Através de entrevistas com homens de meia-idade, que representavam uma variedade de ocupações e de nível socioeconómico, Levinson (1978), criou uma teoria de desenvolvimento adulto e usou como base o conceito de estrutura de vida. Os dois aspectos mais importantes da estrutura de vida são as escolhas feitas sobre o casamento e a família e sobre a carreira.

Levinson (1978) incorpora quatro eras ou estações da vida de um indivíduo. As quatro estações são a infância e a adolescência, do nascimento até 22 anos, início da idade adulta, de 17 a 45 anos, meia-idade, de 40 a 65 anos e velhice, a partir de 60 anos. A sobreposição entre a primeira e a segunda estação é o início da transição adulta e a sobreposição entre a terceira e quarta estação é a transição de meia-idade.

Ao atingir a transição de meia-idade, os adultos começam a enfrentar algumas questões difíceis do passado, presente e futuro. Preocupações sobre o alcance de objectivos e dúvidas sobre oportunidades futuras podem surgir. Sinais físicos de envelhecimento começam a aparecer, desenvolvem-se alterações na visão, níveis de aptidão física começam a cair limitando a quantidade de actividade no qual estejam envolvidos.
*

* ‘‘A percepção de que o progresso pode ser feito, apesar dos declínios, torna mais fácil a entrada nesta fase’’, (LEVINSON 1978).

Na transição da meia-idade os adultos redefinem seus objectivos ou começam a experimentar a estagnação. As experiências encontradas na idade adulta têm potencial para afectar várias características psicossociais.
* Os últimos estágios que se referem à fase adulta são: O primeiro, de 18 a 25 anos, aquisição do senso de intimidade x isolamento. 

*Erik Erikson (1963-1980) desenvolveu a teoria do desenvolvimento psicossocial.
O segundo, de 25 a 65 anos, aquisição de senso de produtividade x estagnação, representa a crise que os adultos enfrentam nos últimos estágios do início da idade adulta até os anos da meia-idade e tem relação com o nível de utilidade e determinará se a produtividade será atingida. 

A estagnação ocorre quando os adultos percebem que são incapazes de contribuir para a melhora da sociedade, desenvolve- se sentimentos de tédio, seguido de auto-indulgência ou seja a crise de meia-idade.

À medida que os indivíduos avançam através da idade adulta, aspectos das áreas motora, cognitiva e afectiva interagem para afectar o comportamento motor. Os indivíduos experimentam uma melhora contínua desde a pré-infância até a adolescência, uma estabilização durante o início da idade adulta, um lento declínio durante a meia-idade e um declínio muito maior durante a velhice.

Alterações musco-esqueléticas ocorrem. Estruturalmente, a massa muscular diminui à medida que a medida e o tamanho das fibras musculares declinam no final da meia-idade. O pico máximo da força muscular ocorre de 25 a 30 anos, uma estabilização até os 50 anos e um declínio gradual até os 70 anos. 

A osteoporose é uma doença que atinge os homens e as mulheres na meia-idade, porém em um nível muito mais alto em mulheres pós-menopausa.*

*As mulheres perdem cálcio mais rápido que os homens, devido às alterações hormonais mais drásticas com a idade e porque elas já possuem menos massa óssea (SPIRDUSO, 1995) citado por Gallahue e Ozmun 2005.

 Uma doença que atinge as articulações é a osteoartrite, é a forma mais predominante de artrite em pessoas de 50 anos ou acima. Pelo menos metade da população acima de 60 anos demonstra alguns sintomas da doença.

Quanto às alterações do sistema circulatório e respiratório, ocorre um declínio gradual a partir dos 30 anos que pode está ligado à idade mas também esta relacionado a factores como o aumento de peso corporal. 

Os níveis de consumo máximo de oxigénio, têm um declínio gradual de 1% a cada ano subsequente também a partir dos 30 anos, e durante a meia-idade, pode ser atribuído ao declínio da quantidade de sangue que é bombeado pelo coração para os tecidos e à perda de massa muscular.

Acontecem alterações estruturais do olho durante a meia-idade e aumentam nos anos posteriores, normalmente afectam a função visual dos olhos. 

Aos 40 anos, a habilidade de focalizar distâncias próximas tende a declinar, chamada de presbiopia. Essa condição é atribuída a alterações no cristalino relacionado à idade e também causa grande sensibilidade á luminosidade.

Características
Pessoas com crise de meia-idade normalmente apresentam os seguintes sentimentos:

Ø  Busca de um sonho ou objectivo de vida indefinido
Ø  Profundo sentimento de remorso por metas não cumpridas
Ø  Desejo de voltar a se sentir como em sua época de juventude
Ø  Vontade de ficar mais tempo sozinho ou apenas com determinadas pessoas

E os seguintes comportamentos:

Ø  Abuso de álcool
Ø  Aquisição de itens não usuais ou muito caros, como motocicletas, barcos, roupas, carros esportivos, jóias, piercings, tatuagens, etc.
Ø  Depressão
Ø  Responsabilizar-se pelos seus fracassos pessoais
Ø  Cuidado exagerado com a aparência e tentativa de parecer mais jovem
Ø  Procurar relacionamentos com pessoas muito mais jovens

Mudança de Personalidade

Todas as alterações geram um desequilíbrio, o qual se faz necessário que se estabeleça novamente, porém de forma diferente ou com um olhar diferenciado para a mesma situação.

Todos estes “conflitos” relacionados à meia-idade, coincidem com as crises hormonais, com a consciência do próprio corpo, os cabelos brancos, rugas de expressões, pais velhos ou falecidos, filhos adolescentes ou procurando sua independência, talvez já casados ou fora de casa por outros motivos, que podem ser acompanhados de netos.

A meia-idade implica em revisão de mudanças e possibilidades de mudar rumos, de dar novos significados a vida, propor novas metas, novos percursos, porém de maneira diferente. E isto depende de cada um, das aprendizagens que soube tirar das experiências dos novos ideais que se propõem, da criatividade para enfrentar e lidar com as mudanças que geram ansiedade.

Crise da Meia-Idade

Crise da meia-idade é um termo criado em 1965 por Elliott Jaques usado para descrever uma forma de insegurança sofrida por alguns indivíduos que estão passando pela "meia-idade", no qual percebem que o período de sua juventude está acabando e a idade avançada se aproxima. *

*Meia-idade é uma fase, que apesar da crise, ocorrem transformações pessoais, onde a pessoa consegue realizar seus diversos desejos como, prestar um novo vestibular, escrever um livro, abrir um restaurante, fazer um curso de pintura, rodar o mundo de navio, pedir o divórcio, entre outras. (VANNUCHI 1999).

Essa crise pode ser desencadeada por vários factores relacionados com essa época da vida, como a morte dos parentes, casos extraconjugais, andropausa, menopausa, sensação de envelhecimento, insatisfação com a carreira profissional e saída dos filhos de casa.*

*Para enfrentar a crise da meia-idade de maneira saudável, é importante tentar amenizar os sintomas físicos com exercícios; procurar um médico para se orientar sobre reposição hormonal e traçar metas e projectos de médio e longo prazo (VANNUCHI 1999).

Diante deste conglomerado que surge na meia-idade, aparece o medo de não ter tempo, ou de ter que renunciar ao que já conseguiu. Esta relação com o tempo e com os desejos não satisfeitos pode levar a diferentes situações que vão desde estados depressivos até comportamentos que tentam demonstrar que “ainda se está em forma”, tais como: formar uma nova relação com um par mais jovem, ter outros filhos, recorrer a cirurgia plástica e recursos relacionados à beleza, activar as ambições querendo realizar com urgência os planos que não foram feitos, no trabalho, lazer, educação e outros.

Normalmente quem passa por isso sente uma enorme vontade de mudar seus modos de vida fazendo gastos exagerados com aquisições fúteis, abandonando o emprego ou terminando o casamento.

Estudos indicam que algumas culturas podem ser mais sensíveis a este fenómeno do que outros, um deles revelou que há pouca evidência de que as pessoas sofrem crises de meia-idade nas culturas japonesa e indiana, levantando a questão se uma crise de meia-idade é somente uma concepção cultural das sociedades ocidentais.

Ocorrência

Aproximadamente 10% das pessoas passam por esse problema, sendo mais comum entre os 40-60 anos de idade (um estudo da década de 1990 aponta que normalmente quem passa por isso começa com cerca de 46 anos) Crises de meia-idade duram de 3-10 anos em homens e 2-5 em mulheres.
























Conclusão

       Com base no que foi anteriormente apresentado chegou-se a concluir que meia-idade é uma fase que se inicia aos 40 anos e tem seu ponto culminante dos 60 aos 65 anos. 

       Ao atingir a meia-idade os adultos começam a enfrentar algumas questões difíceis do passado, presente e futuro e a medida que os indivíduos avançam através da idade adulta, aspectos das áreas motora, cognitiva e afectiva interagem para afectar o comportamento motor, de uma forma geral todas as alterações geram um desequilíbrio.

       Crise da meia-idade éusado para descrever uma forma de insegurança sofrida por alguns indivíduos que estão passando pela "meia-idade normalmente quem passa por isso sente uma enorme vontade de mudar seus modos de vida fazendo gastos exagerados com aquisições fúteis, abandonando o emprego ou terminando o casamento, etc.














Bibliografia

GALLAHUE, D.L. OZMUN, J.C. Compreendendo o Desenvolvimento Motor – Bebés, Crianças, Adolescentes e Adultos. 3ª ed. São Paulo: Phorte, 2005. 585 p.
BUSARELLO, C. S. A Crise da Meia-idade. 1ª ed. Editora: Porto Editora 2004.

















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