terça-feira, 30 de abril de 2013

Partícula sub - atómica


Introdução

       No final do século XIX, em 1897, foi descoberta a primeira partícula por Joseph John Thomson, o electrão.

       Ernest Rutherford, bombardeando uma chapa metálica com partículas alfa, descobriu que apenas uma pequena fracção dessas sofria desvio de trajectória. Com isso, concluiu que as partículas que não se desviavam não encontravam, no metal, obstáculo que causasse a deflexão de sua trajectória. Dessa forma, criou um modelo, no qual os electrões giravam em torno do
núcleo atómico, que considerou a região central do átomo, onde havia a maior parte da massa atómica.

       Com base nessas pesquisas, foi feito este trabalho com o intuito de aumentar o nosso conhecimento sobre o que podemos denominar partículas, neste trabalho de pesquisa iremos debruçar de forma resumida e de fácil entendimento várias informações sobre partículas.




                                                





Partícula sub - atómica

O termo partícula deriva do latim «partícula» e significa parte muito pequena, corpo diminuto ou corpúsculo.

       Seguindo-se o raciocínio reducionista, esses minúsculos elementos ou "corpúsculos" (se assim podemos nos permitir a definir) estão na base de tudo o que existe no Universo, sendo então entendidos nas teorias associadas como estados específicos fundamentais da matéria e energia.

       Partícula sub – atómica: é a designação genérica daquelas cujas dimensões são muito menores que as de um átomo.

       Entre as partículas sub - atómicas, existem determinadas denominações que foram escolhidas para designar os números quânticos.

       O conhecimento das propriedades destas partículas foi a partir do final do século XIX. Tipos de partículas mais comuns:

Ø  Electrões;

Ø  Protões;

Ø  Neutrões.

      Além de algumas partículas essenciais citadas acima existem ainda assim outras partículas conforme se pode ver algumas abaixo:

Partículas
Massa
Carga eléctrica
Próton
1
+1
Néutron
1
0
Pósitron
1/840
+1
Muon Positivo
1/9
+1
Muon Negativo
1/9
-1
Méson Positivo
1/7
+1
Méson  Negativo
1/7
-1
Méson Neutro
1/7
0
Neutrino
0
0

        No decorrer do século XX, foi comprovada a existência de aproximadamente 200 destes corpúsculos. Neste período, foram descobertas muitas das leis que governam as inter-relações e interacções entre essas partículas, as forças e campos que regem o Universo. Sua quantidade e complexidade levaram ao desenvolvimento de formulações matemáticas cada vez mais complexas, na tentativa de predizer seu comportamento.

       É válido lembrar que, não importa o elemento, as mesmas partículas sub - atómicas compõem o átomo. O que varia é o número de tais partículas em cada elemento. Os protões e neutrões se localizam no núcleo atómico, já os electrões estão fora do núcleo. Cada partícula sub - atómica possui uma carga eléctrica associada, ou seja, a matéria pode estar carregada electricamente com carga positiva ou negativa, veja:

Ø  Electrões: carga negativa;

Ø  Neutrões: carga neutra (nula);

Ø  Protões: carga positiva.

      Mas, considerando a carga total de um átomo, pode-se dizer que em geral ele é neutro, não possui carga. Um número igual de protões e electrões resulta num número igual de cargas positivas e negativas, portanto, elas se cancelam (se anulam). A menos, é claro, que esteja na forma de íons, neste caso, o átomo ganha uma carga positiva ou negativa.


      Outras considerações importantes sobre as principais partículas sub - atómicas estão dispostas na tabela a seguir:


     


       Repare que a massa de um electrão é muito menor do que a de um protão ou neutrão. São necessários quase 2000 electrões para igualar a massa de um único protão.



Estrutura do átomo

       A noção de átomo tem os seus primórdios no filósofo grego Demócrito que, no séc. IV AC, e contra as ideias dominantes de Aristóteles, considerava a matéria composta de partículas indivisíveis, os átomos. Só em 1808 um cientista inglês, Dalton, formulou uma definição precisa acerca dos átomos. As suas hipóteses foram as seguintes:


Ø  Os elementos são constituídos por partículas extremamente pequenas, chamados átomos. Todos os átomos de um dado elemento são idênticos, têm o mesmo tamanho, massa e propriedades químicas. Os átomos de um elemento são diferentes dos átomos de outro elemento qualquer.

Ø  Os compostos são constituídos por átomos de mais do que um elemento. Em qualquer composto a razão entre o número de átomos de qualquer dos elementos é um número inteiro, ou uma fracção simples.

Ø  Uma reacção química envolve apenas separação, combinação ou rearranjo dos átomos. Não resulta na sua criação ou destruição.


      Dalton imaginava o átomo como uma unidade indivisível, mas na realidade este possui uma estrutura interna de partícula sub - atómicas: electrões, protões e neutrões.

     Actualmente sabemos, e vimos acima que os átomos são constituídos por três tipos diferentes de partículas fundamentais:
Ø  Protões, neutrões e electrões.
      No núcleo (centro) do átomo estão os protões e os neutrões, enquanto os electrões giram em seu redor.
      Os electrões de um átomo ocupam determinados níveis de energia (o número de electrões em cada nível de energia é expressa pela distribuição electrónica). As três partículas fundamentais do átomo têm as seguintes propriedades:
Partículas fundamentais do átomo
Partícula
Carga eléctrica
Massa
Neutrão
Neutra
Aproximadamente igual à do protão
Protão
Positiva
Aproximadamente igual à do neutrão
Electrão
Negativa
1840 vezes inferior à do protão (ou do neutrão)
   É o número de protões (número atómico) que diferencia um elemento químico (tipo de átomo) de outro. Um átomo que tenha 10 protões pertence a um elemento químico diferente de um outro que tenha 11 protões.
   Quando um átomo ganha ou perde um ou mais electrões, deixa de ter carga eléctrica neutra e passa a ser um ião. No caso de ganhar um ou mais electrões passa a ser anião (ião negativo). Se o átomo perder um ou mais electrões passa a ser um catião (ião positivo).
     Quando os átomos se combinam entre si, dão origem a moléculas.


      Todas as substâncias são feitas de matéria e a unidade fundamental da matéria é o átomo. O átomo constitui a menor partícula de um elemento que participa em reacções químicas e pode ou não existir de maneira independente


     Se o núcleo de um átomo fosse do tamanho de um limão com um raio de 3 cm, os electrões mais afastados estariam cerca de 3 km de distância.

     Os cientistas, por meio de técnicas avançadas, já perceberam a complexidade do átomo. Já comprovaram a presença de inúmeras partículas em sua constituição e desvendaram o comportamento dessas partículas. Mas para construir alguns conceitos que ajudam a entender a química do dia-a-dia, o modelo de átomo descrito por Rutherford e Bohr é suficiente. Na constituição dos átomos predominam os espaços vazios. O núcleo, extremamente pequeno, é constituído por protões e neutrões. Em torno dele, constituindo a electrosfera, giram os electrões.

       O diâmetro da electrosfera de um átomo é de 10,000 a 100,000 vezes maior que o diâmetro de seu núcleo, e sua estrutura interna pode ser considerada, para efeitos práticos, oca; pois para encher todo este espaço vazio de protões e neutrões (ou núcleos) necessitaríamos de um bilhão de milhões de núcleos…

       O átomo de hidrogénio é constituído por um só protão com um só electrão girando ao seu redor. O hidrogénio é o único elemento cujo átomo pode não possuir neutrões.

       Os átomos, contendo electrões, são contudo electricamente neutros, pelo que cada átomo deveria conter igual número de cargas positivas e de cargas negativas.                             

Estrutura electrónica dos átomos

       Como sabemos, a luz solar é constituída pela sobreposição de radiações de diferentes cores, desde o vermelho ao violeta, sendo o conjunto dessas radiações designado por espectro visível.


      De facto, desde os trabalhos de Newton que se sabia que, embora a luz do sol seja branca, quando um feixe dessa luz atravessa certos meios transparentes origina uma série de cores, que vão do vermelho ao violeta. A luz branca é constituída por uma série contínua de radiações que podem ser separadas num prisma, dando origem ao espectro visível.


      Existem também outras radiações, para além do visível, que se manifestam de outra forma, como as radiações no infravermelho, ultravioleta, ondas de rádio, raios X, etc.


      Durante muito tempo discutiu-se a natureza dessas radiações. Surgiram a teoria corpuscular (Newton) e ondulatória (Huygens), acabando por vencer esta última pois explicava todos os fenómenos até então conhecidos, como a reflexão, difracção, interferências, etc.

       Em 1864 Maxwell estabeleceu que qualquer radiação visível ou invisível era a propagação de um campo eléctrico e de um campo magnético vibratório, constantemente normais entre si. Esta propagação dá-se com uma velocidade constante, c, que no vazio tem o mesmo valor para todas as radiações: c = 3×108 ms-1.


       As principais características de uma radiação são o seu comprimento de onda, l, que é a distância entre dois pontos consecutivos na mesma fase de vibração, e a frequência, n, que é o número de vibrações produzidas na unidade de tempo.

Nível electrónico

      Os electrões, numa região em torno do núcleo de um átomo, orbitam em espaços com quantidades de energia características denominadas níveis electrónicos, camadas electrónicas ou camadas de electrões. Uma camada electrónica é constituída por um grupo de orbitais atómicos com o mesmo valor de número quântico principal n.

        A existência de camadas electrónicas foi observada pela primeira vez experimentalmente nos estudos de absorção de raio-X de Charles Barkla e Henry Moseley. Barkla nomeou-os então com as letras K, L, M, etc. (A terminologia original era alfabética. K e L eram originalmente chamados B e A, mas foram renomeados posteriormente para deixar espaço para linhas espectrais hipotéticas que nunca foram descobertas. O nome do nível K foi escolhido em homenagem a Lord Kelvin, o criador da escala Kelvin de temperatura).

         Em 1913, Niels Bohr (1885-1962), fundamentado na teoria quântica da radiação formulada por Max Planck em 1900, propôs que os electrões, em torno do núcleo atómico, giram em órbitas estacionárias denominadas de "níveis de energia", "camadas electrónicas" (camadas de electrões). Nestes níveis energéticos os electrões não emitem e não absorvem energia. Se receberem energia, na forma de luz ou calor, se afastam para níveis mais externos e, ao retornarem, emitem esta mesma quantidade de energia. Segundo a teoria quântica a energia envolvida na transição de um nível para outra é quantizada, ou seja, ocorre em "pacotes" inteiros, não divisíveis, denominados "quanta" ("quantum", no singular).

         Para os átomos conhecidos actualmente, os electrões ocupam 7 níveis de energia (camadas de electrões), representados por letras maiúsculas: K, L, M, N, O, P e Q , e identificados através de "números quânticos", denominados "principais" ou "primários", que são, respectivamente: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7.

         A quantidade de electrões que o átomo de número atómico 112 apresenta ocupando cada nível são, respectivamente: 2, 8, 18, 32, 32, 18 e 2. O átomo 118 possivelmente apresentará a mesma configuração electrónica, apenas distribuindo 8 electrões no nível Q.

Organização dos electrões do átomo

         Electrões podem se comportar como ondas conforme o modelo quântico do átomo.


          Embora o modelo de Bohr explicasse adequadamente como os espectros atómicos funcionavam, havia alguns problemas que ainda incomodavam os físicos e químicos:

Ø  Por que os electrões ficariam confinados apenas em níveis específicos de energia?

Ø  Por que os electrões não emitiam luz o tempo todo?

       Já que os electrões mudavam de direcção em suas órbitas circulares (ou seja, aceleravam), eles deveriam emitir luz.

       O modelo de Bohr conseguia explicar muito bem os espectros de átomos com um electrão na camada mais externa, mas não era muito bom para os que tinham mais de um electrão nessa camada.

Ø  Por que somente dois electrões ficariam na primeira camada e oito electrões em cada camada após essa?

Ø  Por que dois e oito especificamente?

      Obviamente, o modelo de Bohr ainda não contava a história toda.

      Em 1924, um físico francês chamado Louis de Broglie sugeriu que, assim como a luz, os electrões podiam agir como partículas e ondas. A hipótese de Broglie logo foi confirmada por experimentos que mostraram que os feixes de electrões podiam ser difractados ou curvados com sua passagem através de uma fenda, da mesma maneira que a luz. Assim, as ondas produzidas por um electrão confinado em sua órbita ao redor do núcleo definem uma onda estacionária  (em inglês), com comprimento de onda, energia e frequência específicas (os níveis de energia de Bohr), da mesma maneira que a corda de uma guitarra emite onda estacionária quando é puxada.

       Outra questão rapidamente seguiu a ideia de Broglie.

Ø  Se um electrão viajava como uma onda, seria possível localizar a posição exacta de um electrão dentro dessa onda?

      Um físico alemão, Werner Heisenberg, respondeu que não, com o que chamou de princípio da incerteza:

Ø  Para ver um electrão em sua órbita, é preciso iluminá-lo com um comprimento de onda menor do que o comprimento de onda do electrão em si;


Ø  O electrão irá absorver essa energia;

Ø  A energia absorvida irá mudar a posição do electrão;

       E nós nunca conseguiremos saber o momento e a posição de um electrão no átomo. Por isso, Heisenberg disse que não devemos imaginar os electrões como se estivessem se movendo em órbitas bem definidas ao redor do núcleo.

       Com a hipótese de Broglie e o princípio da incerteza de Heisenberg em mente, em 1926, um físico austríaco chamado Erwin Schrodinger criou uma série de equações ou funções de onda para os electrões. De acordo com Schrodinger, os electrões confinados em suas órbitas definiriam ondas estacionárias e se poderia descrever somente a probabilidade de onde um electrão estaria. As distribuições dessas probabilidades correspondiam às regiões de espaço formadas ao redor do núcleo que formam as regiões chamadas de orbitais. Os orbitais poderiam ser descritos como nuvens de densidade de electrões. A área mais densa da nuvem é onde você tem a maior probabilidade de encontrar o electrão, e a área menos densa é onde você tem a menor probabilidade de encontrar o electrão.

      A função de onda de cada electrão pode ser descrita como um conjunto de três números quânticos:

Ø  Número principal (n) - descreve o nível de energia;

Ø  Número azimutal (l) - a rapidez com que o electrão se move em sua órbita (momento angular), assim como a rapidez com que um CD gira (rpm). Isso se relaciona ao formato do orbital;

Ø  Número magnético (m) - sua orientação no espaço;

       Foi sugerido posteriormente que dois electrões não poderiam estar no mesmo estado, sendo criado um quarto número quântico. Esse número se relacionava à direcção em que o electrão gira enquanto se move em sua órbita (sentido horário ou anti-horário). Apenas dois electrões poderiam compartilhar o mesmo orbital: um no sentido horário e outro girando no sentido anti-horário.

      Os orbitais tinham formatos e números máximos diferentes em cada um dos níveis:

Ø  s (sharp) - esférico (máx. = 1);

Ø  p (principal) - formato de halteres (máx. = 3);

Ø  d (diffuse) - formato de quatro lóbulos (máx. = 5);

Ø  f (fundamental) - formato com seis lóbulos (máx. = 7).



























Conclusão


       Com base no que foi esclarecido neste trabalho, chegou-se desta feita na seguinte conclusão:

       Partícula são minúsculos elementos que juntos (neste caso formando um grupo) dão origem aos átomos, outrora dizia-se que os átomos eram indivisíveis, mas na realidade eles são divisíveis, isto se dá devido aos elementos que o formam, que são na realidade menores que os átomos, como por exemplo os electrões, neutrões e protões, estas são de facto as principais partículas mas não são as únicas, conforme vimos existem outras.

       Chegou-se também a conclusão de que cada partícula apresenta uma carga eléctrica, podendo assim ser positiva, negativa ou neutra, e que o as partículas dentro de um átomo de várias formas sendo difícil e praticamente impossível dizer de forma certa como os electrões estão organizados no átomo….











                                                                                                   







Referência biográfica on-line


pt.wikipedia.org/wiki/Química

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