terça-feira, 30 de abril de 2013

Sistema excretor


Introdução


      O nosso corpo e dos restantes seres vivos precisa expulsar substâncias tóxicas do organismo.

      Isso ocorre devido a vários processos que ocorrem no seu interior, que envolve vários órgãos, mas surge a pergunta: como denomina-se o sistema por onde ocorrem esses processos? Como funcionam? Bem essas são algumas das varias perguntas que aqui serão respondidas, sendo assim este trabalho foi feito com o intuito de aumentarmos o nosso conhecimento com relação ao que vai ser abordado mais afrente.

















Sistema excretor


      O sistema excretor é formado por um conjunto de órgãos que filtram o sangue, produzem e excretam a urina - o principal líquido de excreção do organismo. É constituído por um par de rins, um par de ureteres, pela bexiga urinária e pela uretra.

      Os rins situam-se na parte dorsal do abdómen, logo abaixo do diafragma, um de cada lado da coluna vertebral, nessa posição estão protegidos pelas últimas costelas e também por uma camada de gordura. Têm a forma de um grão de feijão enorme e possuem uma cápsula fibrosa, que protege o córtex - mais externo, e a medula - mais interna.

      Cada rim é formado de tecido conjuntivo, que sustenta e dá forma ao órgão, e por milhares ou milhões de unidades filtradoras, os néfrons, localizados na região renal.

      O néfron é uma longa estrutura tubular microscópica que possui, em uma das extremidades, uma expansão em forma de taça, denominada cápsula de Bowman, que se conecta com o túbulo contorcido proximal, que continua pela alça de Henle e pelo túbulo contorcido distal; este desemboca em um tubo colector. São responsáveis pela filtração do sangue e remoção das excreções.

      No ser humano podemos considerar como sistemas excretores o sistema urinário (onde é produzida a urina) e a pele (que produz suor através das glândulas sudoríparas). O sistema respiratório, ao eliminar dióxido de carbono, que é um dos principais resíduos da respiração celular, é por vezes, também incluído neste grupo por alguns autores (ainda que, na verdade, não seja responsável pela produção de uma "excreção" no sentido próprio da palavra). Eliminar as substâncias que estão em excesso, para manter o equilíbrio, chamado de equilíbrio dinâmico, que é fundamental para o bom funcionamento da célula com o meio. Homeostase.

Função

      Eliminar as substâncias que está em excesso, chamado de equilíbrio dinâmico, que é fundamental para o bom funcionamento da célula com o meio.

Conceitos básicos

      Diálise do sangue: do sangue pelo rim; - Diurese: Processo de formação da urina; - Micção: Ato de urinar; - Substância diurética: Aumenta a formação da urina; - Cálculo Renal: Pedras nos rins ou Uréter, causada pela má alimentação e a falta de água. Trata-se com medicamentos ou ultra-som. - Infecção urinária (cistite): Ardência na micção. Lesões na uretra.

Componentes do sistema urinário humano

     Partes da bexiga urinária.

  Ø  Néfron - Unidade funcional dos rins;

     Etapas da actividade renal em cada néfron:

  Ø  O filtrado glomerular passa para o túbulo contorcido proximal, ocorrendo transporte activo de sódio de volta para o sangue. Processo este estimulado pelo hormônio chamado aldosterona (das supra-renais).

  Ø  Na alça de Henle, há reabsorção de água, e a urina primária torna-se mais concentrada. Este é o local de maior reabsorção de água.

  Ø  No túbulo contorcido distal volta a acontecer o transporte activo, com reabsorção de glicose e aminoácidos. Mas neste local também há reabsorção passiva de água, estimulada pelo ADH (hormônio antidiurético).

  Ø  O líquido que chega nos tubos colectores já não contém mais aminoácidos, glicose ou vitaminas, o seu teor de água é relativamente pequeno, e ele já pode ser considerado urina.

  Ø  Substâncias reabsorvidas: água, glicose, electrólitos, aminoácidos, vitaminas; - Substâncias excretadas: água, ureia, ácido úrico, amónia, creatinina, Resíduos metabólicos;

  Ø  Controle Hormonal da Diurese: ADH - Hormônio Anti-Diurético; - produzida pelo hipotálamo e libertada pela Hipófise (glândula do cérebro que produz e armazena hormônios); - Actua no néfron aumentando a reabsorção, e portanto diminuindo a diurese.

     O álcool inibe a produção de ADH, aumentando assim a diurese.

     Diabetes insípida :

  Ø  Diminui a produção do ADH; - Poliúrica;

  Ø  Desidratação intensa; Sede excessiva.

     Excreção nos animais:

  Ø  Difusão Directa: Invertebrados inferiores, com excepção dos platelmintos que possuem célula-flama, especializada na excreção. Os anelídeos possuem nefrídias e os insectos fazem sua excreção através dos túbulos de Malpighi;

  Ø  - Rins: Todos os vertebrados fazem excreção através dos rins;

  Ø  Pronefros: Próximos à cabeça, estão tubos em nefróstoma, presentes nos ciclóstomos;

  Ø  Mesonefros: Região média do corpo, tubos com nefróstoma e glomérulos. Como nos peixes e anfíbios;

  Ø  Metanefros: Região posterior do corpo, apenas com glomérulos. Répteis, aves e mamíferos.

Catabólitos

     Amónia: Excretada por animais aquáticos, muito solúvel em água e muito tóxica, por isso deve ser diluída em alto volume de água. Chamados de amoniotélicos.

     Ureia: Excretada por animais terrestres não ovíparos (anfíbios e mamíferos), menos tóxica que a amónia. O que representa uma economia hídrica. Chamados de ureotélicos.

     Ácido úrico: O menos tóxico dos três, e também o menos solúvel em água. Excretado por insectos e vertebrados ovíparos terrestres (maioria dos répteis e aves). Chamados de uricotélicos.

Osmorregulação e excreção


     As células vivas estão sujeitas a sofrer osmose, um processo físico-químico que as leva a perder ou ganhar água, com variação de volume. Ao longo do processo evolutivo, os animais desenvolveram diversos mecanismos para regular o processo osmótico a que estão sujeitos. Esses mecanismos constituem o que se denomina osmorregulação.


Animais osmoconfortantes


     Muitas espécies de animais marinhos não sofrem osmose, pois a tonicidade de suas células e líquidos corporais é equivalente à da água salgada. Tais animais são chamados de osmoconformes e não necessitam regular a concentração de seu meio interno. Existem animais, porém, cuja tonicidade interna é muito diferente da tonicidade do local em que vivem. Assim, precisam controlar activamente a quantidade de água que entre e sai do corpo devido à osmose. São por isso chamados de osmorreguladores.


Osmorregulação no ambiente aquático

Animais marinhos

     Tubarões e outros peixes cartilaginosos (raias, cações, quimeras etc.) são capazes de manter a tonicidade de seu sangue próxima à da água do mar.

     Isso é conseguido pela síntese e acúmulo, no sangue, de uma substância denominada ureia, que se constitui em um soluto osmoticamente importante. A ureia é continuamente eliminada pelos rins, de tal maneira que o animal consegue controlar a quantidade desse soluto no sangue. Os tubarões, possuem ainda uma glândula localizada no intestino reto, que continuamente retira sais em excesso do sangue, eliminando-os pelo ânus.

     Os peixes ósseos marinhos evoluíram, ao que tudo indica, de ancestrais de água doce. Como herança dessa origem, a tonicidade de seus líquidos internos é bem menor que a tonicidade da água do mar. Por isso eles estão continuamente perdendo água para o meio devido a osmose.

     Para compensar essa perda, os peixes ósseos marinhos bebem água salgada e são capazes de eliminar o excesso de sal ingerido através da superfície das brânquias.

    Aves marinhas como as gaivotas e os albatrozes possuem glândulas nasais especializadas em eliminar excessos de sais do corpo.  Tartarugas marinhas também possuem glândulas semelhantes, que se abrem junto aos olhos.


     Mamíferos marinhos como golfinhos e baleias, apesar de não beberem água salgada, sempre ingerem um pouco de água do mar junto com os alimentos. O equilíbrio osmótico desses animais é conseguido por meio da eliminação de sais pelos rins na urina.

Animais de água doce


      Animais de água doce têm problema osmótico inverso ao dos animais de água salgada. As células e líquidos internos dos animais de água doce são hipertónicos em relação ao meio, de modo que estão sempre absorvendo água por osmose.

     Os peixes de água doce têm de eliminar grande quantidade de água na urina e, com isso, perdem sais importantes. Essa perda salina é compensada pela absorção activa de sais através do epitélio que reveste as brânquias.

Animais estenoalinos e eurialinos


     Animais aquáticos, sejam de água doce ou salgada, em geral não conseguem suportar variações pronunciadas na salinidade do meio onde vivem. Eles são chamados de estenoalinos (do grego steno, estreito, e halos, sal) porque sobrevivem somente em um estreito limite de salinidade da água.

     Há animais, porém, capazes de sobreviver bem em ambientes aquáticos onde a salinidade varia muito. Eles são chamados eurialinos (do grego eury, largo) porque suportam larga faixa de variação de salinidade. Moluscos, crustáceos e peixes que vivem em estuários de rios, onde a salinidade varia de acordo com as marés, são exemplo de animais eurialinos.

Osmorregulação no ambiente terrestre


     No ambiente terrestre os animais têm de ingerir água, bebendo-a ou comendo alimentos que contenham água. Têm, também de evitar a perda de água por dissecação, desenvolvendo camadas impermeáveis, tais como a concha dos moluscos terrestres, o exo - esqueleto dos insectos ou a camada de queratina da epiderme dos vertebrados terrestres.


     A perda de água foi o principal factor a limitar a colonização do ambiente de terra firme, haja visto que apenas um pequeno número de filos animais actuais tem representantes terrestres. Dentre esses, os artrópodos e vertebrados foram os que desenvolveram os mais eficientes mecanismos de obtenção e economia de água e de sais minerais.

     Para os vertebrados terrestres, a osmorregulação consiste em ingerir água e sais em quantidades suficientes, evitando que essas substâncias faltem ou se acumulem no sangue. Os rins são os principais órgãos encarregados de manter o sangue na tonicidade adequada, através da eliminação dos excessos de água, sai e outras substâncias osmoticamente activas na urina.


Evolução do Sistema Excretor

A evolução do processo de excreção nos animais

     A eliminação dos resíduos nitrogenados está também directamente relacionada com as quantidades de água de que dispõe o ser vivo. Os organismos que a possuem em grande quantidade eliminam amónia; os organismos que precisam exercer um relativo controle sobre a quantidade de água eliminam ureia; e os organismos que vivem em regime de grande economia de água eliminam ácido úrico. Nas aves e répteis terrestres e também em alguns caracóis e muitos insectos, o resíduo nitrogenado compõe-se principalmente do ácido úrico insolúvel já que esses organismos dispõem de muito pouca água, sendo esse excreta insolúvel em água e muito pouco tóxico. A formação de ácido úrico também é importante no desenvolvimento de embriões de aves e répteis para os quais, nos ovos, o suprimento de água e o espaço interno são limitados. Assim, o embrião começa excretando amónia; depois a transforma em ureia que, por sua vez, é transformada em ácido úrico.

     Nos mamíferos, quelónios, anfíbios e anelídeos (minhoca) o produto final é principalmente a ureia que é solúvel em água e bem menos tóxica que a amónia.

     No processo de evolução:

     a) Excreção nos Protistas: Amoeba, Paramaecium e muitos outros protozoários da água doce têm um ou mais vacúolos pulsáteis (ou contrácteis) que acumulam o excesso de água do citoplasma e o descarregam periodicamente para o exterior, mantendo o equilíbrio osmótico do corpo. O principal produto de excreção é a amónia.

     b) Nos Platyhelminthes: células-flama, o primeiro aparelho excretor diferenciado, entre os animais, aparecem nas Planárias. Dada a simplicidade destes tubos são igualmente designados protonefrídeos. A designação de célula-flama deriva da presença de um ou mais cílios (alguns autores citam flagelos), cujo batimento permanente faz lembrar uma chama e cria um ligeiro vácuo na extremidade fechada do protonefídeo. As moléculas de pequenas dimensões dos fluidos corporais atravessam as membranas permeáveis da extremidade do tubo, sendo as maiores retidas. Estes resíduos são, depois, empurrados pelos tubos para o exterior pelo batimento dos cílios, saindo pelo nefridió - poro (poro excretor) na parede do corpo do animal. No entanto, ainda parte dos resíduos são lançados para a cavidade gastro - vascular.

     c) Nos nematóides (filo Aschelminthes), as estruturas consideradas como aparelho excretor, são de dois tipos, glandular e tubular. O tipo glandular, mais primitivo, é encontrado usualmente nos nematóides de vida livre. Consta de uma ou duas grandes células glandulares, situadas ventralmente, na região posterior do esófago ou anterior do intestino, das quais parte um canal que se abre no poro excretor, localizado na linha mediana ventral, na região do anel nervoso ou mais anteriormente. O tipo de aparelho excretor tubular é constituído por dois canais excretores, que se iniciam posteriormente e percorrem os campos longitudinais laterais em toda a extensão, indo terminar anteriormente em um único canal que por sua vez termina no poro excretor situado na face ventral da região esofágica. Geralmente os canais excretores longitudinais se desdobram em ramos anteriores e ramos posteriores, os quais, pelas anastomoses transversais, assumem uma forma de H. As paredes do tubo absorvem, por difusão, os Catabólitos (principalmente amónia e, em alguns, também a ureia) e, por osmose, o excesso de água, que são encaminhados para o exterior, através do poro excretor, situado na face ventral do corpo.

      d) Nos Anellida: as nefrídias (um par por segmento) têm o formato de um funil ciliado, aberto para o celoma, de onde retiram resíduos que um canal excretor e um poro lançam ao exterior.

     e) Nos Arthropoda destacam-se os tubos de Malpighi dos insetos e as glândulas verdes dos crustáceos.

     Os tubos de Malpighi lançam ácido úrico, semi-sólido, no intestino, onde soma-se às fezes e é eliminado sem utilização de água.

     Nos crustáceos, as glândulas verdes abrem-se na cabeça, na base das antenas, e eliminam amónia, típica dos animais aquáticos.

     f) Nos Mollusca: A excreção é feita através de nefrídias, em conjuntos de 5 ou 6 pares, estruturas em forma de funil que filtram o sangue e drenam as excreções, eliminando-as através de poros que se abrem na cavidade do manto. O órgão excretor, conjunto de nefrídias, recebe o nome de Órgão de Bojanus nos bivalvos e gastrópodes terrestres.

     g) Nos Echinodermata, é mais uma função do sistema vascular aquífero ou sistema ambulacral.

     h) Nos Vertebrados: a excreção dos peixes é realizada pelos rins e uma pseudo-bexiga  que se abre na parte posterior do intestino, próxima ao ânus.

    Os peixes de água doce produzem um grande volume de urina, quando comparados aos peixes marinhos, que perdem pouca água para o meio externo (mais rico em sais que o corpo), produzindo, portanto, uma urina bem concentrada e pouco volumosa. Nos peixes cartilaginosos (Chondrichthyes), uma delgada glândula rectal prende-se dorsalmente na união do intestino com a cloaca.

     Ela ajuda os rins removendo o excesso de sais do sangue. Apresentam uma importante adaptação: eles retém uma grande quantidade de ureia circulante, o que aumenta a pressão osmótica do sangue a ponto de quase igualá-la a do mar, e dessa maneira não tem os problemas que tem os peixes ósseos, pois estes gastam muita energia para manter a sua concentração interna, que é menor que a água do mar.

     O sistema excretor dos anfíbios apresenta rins mesonéfricos que são ligados por ureteres à bexiga, que por sua vez está ligada à cloaca. Quando no estado larval o produto de sua excreção é a amónia, porém no estado adulto excretam ureia.

     Nos répteis os rins são metanéfricos, o que reduz grandemente a perda de água pela urina, fundamental em meio seco.

      Nas aves, a glândula de sal é capaz de eliminar uma solução salina duas vezes mais concentrada que a água do mar. As gaivotas, por exemplo, possuem duas, uma no alto da cabeça e outra acima dos olhos. Elas podem comer alimentos super-salgados ou beber a água do mar sem susto. O excesso de sal é expulso através de canais que ligam a glândula às narinas.

     Todas as demais substâncias são eliminadas através dos rins das aves. As tartarugas marinhas (répteis) também possuem uma glândula de sal. Nelas, o sal escorre pelo canto do olho, como se fossem lágrimas. Os rins são metanefros, com dois uréteres que desembocam na cloaca, pois não possuem bexiga urinária e a sua excreção são ricos em ácido úrico (ureotélicos).

      Nos Mammalia, o aparelho excretor tem por finalidade a eliminação dos resíduos líquidos do organismo. Esse aparelho é formado por dois rins (que produzem a urina), dois bacinetes, dois ureteres, uma bexiga que irá armazenar temporariamente a urina, que em seguida será eliminada pela uretra. O principal resíduo nitrogenado é a ureia. Os rins são chamados metanefros, que são rins com muitos glomérulos situados na parte posterior do corpo.

      De cada rim, qualquer que seja seu tipo, parte um ducto colector comum, o uréter, que conduz as excretas para a bexiga. Nos anfíbios, répteis e aves, os dois ureteres desembocam na cloaca, já nos anfíbios e alguns répteis o uréter se liga a uma bexiga urinária. A excreta, ou urina, é líquida, excepto nos répteis e aves, onde as excretas semi-sólidos (ácido úrico) são eliminados como uma pasta branca (guano) juntamente com as fezes. Na maioria dos mamíferos, os ureteres comunicam-se directamente com a bexiga, da qual sai um ducto mediano, a uretra, que conduz o excreta ao exterior.

      A eliminação dos Catabólitos nitrogenados ou seja os produtos gerados a partir do metabolismo das proteínas (os aminoácidos, que constituem as proteínas possuem um grupo amina: NH2) como a amónia, ureia, ácido úrico, uratos, serão excretados através do suor (glândulas sudoríparas) e da urina (pelos rins).
 
      Dos rins, o pronefro é o mais primitivo e, embora presente no desenvolvimento embrionário de todos os vertebrados, não é funcional no adulto de nenhum deles. O rim funcional dos peixes e anfíbios é do tipo mesonéfrico. Ele consiste de uma série de túbulos renais, que apresentam, no desenvolvimento inicial, uma disposição segmentar, que desaparece posteriormente. Cada túbulo é enrolado tanto na porção proximal como na distal, e dirige-se para um ducto colector longitudinal comum chamado de ducto arquinéfrico. Este, por sua vez, comunica-se com o meio exterior, em geral, pela cloaca recebendo produtos dos sistemas digestivos e urogenital. A porção proximal de cada túbulo termina numa cápsula hemisférica, conhecida como cápsula de Bowman, na qual existe um novelo vascular ou glomérulo do sistema circulatório. A cápsula e o glomérulo formam junto o corpúsculo renal. Em répteis, aves e mamíferos, o rim funcional dos adultos é do tipo metanefro, sem nefróstomas, muitos glomérulos e toda a excreção vai ocorrer a partir da corrente sanguínea.

      O principal agente regulador do equilíbrio hídrico no corpo humano é o hormônio ADH (antidiurético), produzido no hipotálamo e armazenado na hipófise. A concentração do plasma sanguíneo é detectada por receptores osmóticos localizados no hipotálamo. Havendo aumento na concentração do plasma (pouca água), esses osmorreguladores estimulam a produção de ADH. Esse hormônio passa para o sangue, indo actuar sobre os túbulos distais e sobre os túbulos colectores do néfron, tornando as células desses tubos mais permeáveis à água. Dessa forma, ocorre maior reabsorção de água e a urina fica mais concentrada. Quando a concentração do plasma é baixa (muita água), há inibição da produção do ADH e, consequentemente, menor absorção de água nos túbulos distais e colectores, possibilitando a excreção do excesso de água, o que torna a urina mais diluída.

       Cada rim metanefro é formado por milhares de unidades filtradoras chamadas néfrons. Cada néfron é formado por uma parte arredondada, a Cápsula de Bowman, dentro da qual se encontra o glomérulo de Malpighi que é um novelo de capilares sanguíneos e é onde ocorre a formação do filtrado.

      A Cápsula de Bowman comunica-se com os túbulos renais (túbulo proximal, Alça de Henle e túbulo distal), sendo que ao chegar no túbulo distal a urina está pronta para ser excretada e segue então pelo tubo colector que a conduz para uma cavidade chamada pelve renal e daí para o uréter. O uréter conduz a urina para a bexiga urinária que a armazena até que um certo volume esteja presente, quando então a pressão do líquido contra a parede (que tem corpúsculos de natureza neuro - epitelial) sinalizará a necessidade de liberação do conteúdo armazenado.

Evolução dos sistemas excretores em diferentes grupos


Platelmintes

       Os platelmintes, como a planária, os túbulos excretores designam-se protonefrídios, que se distribuem por todo o corpo, associados a uma rede de canais que se comunicam com o exterior através de poros excretores.

       Os protonefrídios são túbulos com o topo alargado e fechado por células especializadas denominadas células-flama. Como os platelmintes não apresentam sistema circulatório, as células-flama encontram-se mergulhadas no fluido que banha as células do corpo. Este fluido é filtrado para as células-flama e o batimento dos cílios desloca-o ao longo dos túbulos que o drenam para os ductos excretores que, por sua vez, esvaziam-se para o meio exterior através dos poros excretores.

Anelídeos

      Nos anelídeos, os vasos sanguíneos estão intimamente associados aos órgãos excretores. Nos órgãos excretores da minhoca observa-se uma associação típica de túbulos, que se designam por metanefrídios. Cada metanefrídio é constituído por um túbulo aberto nas duas extremidades e enrolado em serpentina. Em cada metanefrídio o nefrostoma (funil ciliado localizado na extremidade mais interna do metanefrídio) colecta o fluido celómico do segmento anterior a ele. À medida que este fluido se desloca ao longo do túbulo, o epitélio que rodeia o lúmen vai reabsorvendo as substâncias úteis para os capilares sanguíneos. O fluido que não é reabsorvido acumula-se na bexiga que se esvazia periodicamente através do poro excretor.

Insectos

     Os túbulos de Malpighi são os órgãos excretores dos insectos e de outros Artrópodes terrestres que possuem um sistema circulatório aberto. Os túbulos de Malpighi são estruturas que se desenvolvem na porção posterior do corpo, estando a sua extremidade livre fechada e mergulhada na cavidade do corpo banhada pelo sangue, dando-se a filtração através da parede do tubo. O filtrado é conduzido para o recto, onde são reabsorvidas para o sangue, por glândulas rectais especializadas, grandes quantidades de água e alguns sais minerais. O ácido úrico e outras substâncias são eliminados como uma pasta semi-seca juntamente com as fezes.

Vertebrados


    Os vertebrados possuem como órgãos de excreção e de osmorregulação os rins. Estes são órgãos compactos que têm como unidades funcionais os nefrónios, que são estruturas associadas a formações vasculares. Os nefrónios revelam um progressivo aumento de complexidade desde os Peixes até aos Mamíferos. Ao longo do desenvolvimento embrionário dos Vertebrados observa-se uma evolução gradual a partir da meso - derme de três tipos de rins:


  Ø  Pronefro, ou primeiro rim (o primeiro no tempo e com posição mais anterior no organismo), tem uma localização cervical;

  Ø  Mesonefro, ou segundo rim, com uma localização torácica;

  Ø  Metanefro, terceiro rim ou rim definitivo, tem uma localização junto das vértebras lombares.


Funcionamento do rim humano


     Os rins são órgãos excretores compactos que regulam a composição do sangue e formam a urina, que é transportada a partir dos rins para a bexiga através dos ureteres. A bexiga esvazia-se para o exterior através da uretra. Duas regiões funcionais dos rins são o córtex renal e a capa medular. A urina formada nessas regiões é drenada para uma câmara central, a pélvis renal, que conduz aos ureteres. Posicionados de forma radial nos rins estão centenas de milhares de nefrónios, as unidades funcionais dos rins. O nefrónio é constituído por uma porção tubular, o tubo urinífero, associado a formações vasculares das quais se destaca um glomérulo de vasos capilares. No tubo urinífero podem distinguir-se várias regiões:


  Ø  Cápsula de Bowman – zona inicial, em forma de taça, de parede dupla, localizada no córtex renal;

  Ø  Túbulo contorcido proximal – porção tubular que se segue à cápsula de Bowman e que se localiza ainda no córtex renal;

  Ø  Ansa de Henle – porção do tubo urinífero em forma de U, constituída por um ramo descendente e um ramo ascendente, ambos localizados na zona medular do rim;

  Ø  Túbulo contorcido distal – zona terminal do tubo urinífero localizada no córtex. 


     A pressão sanguínea faz com que a água e todos os pequenos solutos do plasma sanguíneo dos capilares glomerulares atravessem a parede da cápsula e entrem no lúmen do túbulo urinífero formando um filtrado que é processado a medida que se move ao longo do túbulo. A partir do glomérulo, o sangue movimenta-se numa artéria eferente para um segundo grupo de capilares, os capilares peritubulares, que envolvem os túbulos contorcidos distal e proximal. Estendendo-se para baixo está uma rede de capilares associados com a ansa de Henle. O fluido intersticial que banha o nefrónio possui um contínuo tráfico de substâncias que passam entre as várias regiões do túbulo urinífero e o plasma sanguíneo dos capilares do nefrónio. Esta mudança química consiste na secreção, adição selectiva de compostos do sangue para o filtrado dentro do túbulo, e a reabsorção, o transporte de substâncias de volta para o sangue a partir do filtrado. O processamento do filtrado contínua no ducto colector, e o produto final, agora chamado urina, vai para a pélvis renal.

Anelídeo

      Os anelídeos (Annelida, do latim annelus, pequeno anel + ida, sufixo plural) são um filo de animais portadores de metámeros, segmentados, os quais inclui as minhocas, poliquetas e sanguessugas. Existem mais de 200.000 espécies destes animais em praticamente todos os ecossistemas, terrestres, marinhos e de água doce. Encontram-se anelídeos com tamanhos de menos de um milímetro até mais de 5 metros.

      A característica mais peculiar do filo é a metametria, ou seja, a divisão do corpo em partes similares, ou segmentos, que estão dispostos em uma série linear ao longo antero-posterior.

     Os anelídeos são animais com corpo alongado, com simetria lateral, segmentado, triblásticos, protostómios e celomados, ou seja, com a cavidade do corpo preenchida de um fluido, onde o intestino e os outros órgãos se encontram suspensos.

     Os oligoquetos e os poliquetos possuem celoma grande, mas, nas sanguessugas, o celoma está preenchido por tecidos e é reduzido a um sistema de estreitos canais; em alguns arquianelídeos o celoma está completamente ausente. O celoma pode estar dividido numa série de compartimentos por septos. Em geral, cada compartimento corresponde a um segmento e inclui uma porção do sistema nervoso e circulatório, permitindo-lhes funcionar com relativa independência. Cada segmento está dividido externamente em um ou mais anéis, sendo coberto por uma cutícula segregada pela epiderme e, internamente, possui um fino sistema de músculos longitudinais. Estas características são parcialmente comuns aos nemátodos e aos artrópodes e, por isso, eles foram durante algum tempo colocados no mesmo grupo sistemático, o filo Articulata, mas estudos mais recentes revelaram que essas características devem ser consideradas como convergências evolutivas.

     Nas minhocas (Oligochaeta), os músculos são reforçados por lamelas de colagénio; as sanguessugas (Hirudinea) têm uma camada dupla de músculos, sendo os exteriores circulares e os interiores longitudinais, o músculo oblico se situa entre esses músculos. Os Hirudineas possuem também músculos dorso - ventrais.

     A maioria dos anelídeos possui, em cada segmento, um par de cerdas, mas os Polychaeta (minhocas marinhas) possuem ainda um par de apêndices denominados parapódios (ou "falsos pés"). Na extremidade anterior do corpo, antes dos verdadeiros segmentos - a cabeça -, encontra-se o protostómio onde podem ser encontrados os olhos e outros órgãos dos sentidos. No segmento seguinte, peristómio, encontra-se a boca. A extremidade posterior do corpo é o pigídio, onde está localizado o ânus e células com capacidade de diferenciação nos diversos tecidos, durante o crescimento. Muitos poliquetos possuem órgãos de sentidos bastante elaborados, mas as formas sésseis muitas vezes apresentam tentáculos em forma de pluma, que eles utilizam para se alimentarem. Para além disso, muitas espécies têm fortes maxilas, por vezes mineralizadas com óxido de ferro.

     O sistema digestório dos anelídeos é completo, com a boca situada no primeiro segmento corporal e o ânus localizado no último segmento. A digestão é extra-celular, o tubo digestivo é bastante especializado, devido à variedade das dietas. Muitas espécies são predadoras, como, por exemplo, os poliquetos carnívoros que possuem mandíbulas para a captura de alimento; outro são detritívoras; as minhocas possuem cecos intestinais e tifossole que aumenta a absorção do alimento; outras alimentam-se por filtração, outras ainda ingerem sedimentos, dos quais o intestino tem de separar a parte nutritiva; finalmente, as sanguessugas alimentam-se de sangue de outros animais, por sucção.

      O sistema circulatório dos anelídeos é fechado, formado por vasos sanguíneos interligados, composto por um vaso sanguíneo dorsal que leva o "sangue" no sentido da posterior e outro ventral, que o traz na direcção oposta; em cada segmento, existe um par de vasos sanguíneos laterais, conectando o vaso longitudinal dorsal e ventral.

     O sistema nervoso dos anelídeos é formado por um par de gânglios cerebrais, que está localizado dorsalmente sobre a faringe e por dois cordões nervosos ventrais, com um par de gânglios por metámero. Várias espécies marinhas de anelídeo possuem órgãos sensoriais bem desenvolvidos, como, por exemplo, tentáculos, olhos e papilas sensoriais. A Sabela, a Sérpula e o Espirógrafo são anelídeos sedentários e possuem numerosas sedas. Ligam-se ao solo através de um tubo feito do líquido que segregam e a que juntam areia e pedra. O Espirógrafo apresenta, tal como o seu nome indica, a forma de espiral.

Respiração

      As minhocas não apresentam órgãos respiratórios especializados; as trocas gasosas com o ambiente ocorrem através de toda a epiderme (respiração cutânea). Os poliquetos também respiram pela superfície do corpo, podendo ainda ter brânquias. Nas espécies que formam tubos, as brânquias concentra-se na região anterior do corpo, projectando-se como um “espanador” para fora do tubo. Em outras espécies as brânquias são filamentos finos e ligados às laterais de cada metámero.

Sistema nervoso

      O sistema nervoso é ganglionar. possui um par de gânglios cerebrais ("cérebro") e um cordão nervoso maciço, duplo, ventral, que se estende por todo o comprimento do corpo, com um gânglio e pares de nervos laterais em cada segmento.

Reprodução

      A forma de reprodução dos anelídeos varia de espécie para espécie, podendo ser tanto assexuada como sexuada. Um exemplo, são as minhocas que embora sejam animais hermafroditas, pode ou não ser necessárias duas minhocas para a reprodução. Elas se unem de forma a ficarem os poros masculinos de uma encostada aos receptáculos sémen | seminais de outra, possibilitando, assim, a fecundação dos óvulos pelos espermatozóides. Caso a reprodução seja assexuada, os óvulos e os espermatozóides da própria minhoca (o receptáculo seminal está sem espermatozóide caso a reprodução seja assexuada) são liberados e agregados ao muco liberado pelo clitelo. O indivíduo formado é geneticamente igual ao seu progenitor.



Insectos

        Os insectos (AO 1945: insectos) são invertebrados com exo -esqueleto quitinoso, corpo dividido em três segmentos (cabeça, tórax e abdómen), três pares de patas articuladas, olhos compostos e duas antenas. Seu nome vem do latim insectum. Pertencem à classe Insecta e compõem o maior e mais largamente distribuído grupo de animais do filo Arthropoda e, consequentemente, dentre todos os animais. A ciência que se dedica a estudar os insectos é conhecida como Entomologia.

       Os insectos são o grupo de animais mais diversificado existente na Terra. Embora não haja um consenso entre os entomologistas, estima-se que existam de 5 a 10 milhões de espécies diferentes, sendo que quase 1 milhões destas espécies já foram catalogadas. Os insectos podem ser encontrados em quase todos os ecossistemas do planeta, mas só um pequeno número de espécies se adaptaram à vida nos oceanos. Existem aproximadamente 5 mil espécies de Odonata (libelinhas), 20 mil de Orthoptera (gafanhotos e grilos), 170 mil de Lepidópteros (borboletas), 120 mil de Dípteros (moscas), 82 mil de Hemipteros (percevejos e afídeos), 350 mil de Coleópteros (besouros) e 110 mil de Hymenópteros (abelhas, vespas e formigas).

      Alguns grupos menores, com uma anatomia semelhante, como os colêmbolos, eram agrupados com os insectos no grupo Hexapoda, mas actualmente seguem um grupo parafilético Ellipura, tendo discussões filogenéticas relevantes no campo da biologia comparativa. Os verdadeiros insectos distinguem-se dos outros artrópodes por serem ectognatas, ou seja, com as peças bucais externas e por terem onze segmentos abdominais. Muitos artrópodes terrestres, como as centopeias, mil-pés, escorpiões, aranhas, como também micro - artrópodes colêmbolos são muitas vezes considerados erroneamente insectos.

Plano corporal

       Os insectos actuais são geralmente pequenos e têm o corpo segmentado, protegido por um exo - esqueleto rígido de um material conhecido como quitina. Podem ser caracterizados como animais de simetria bilateral. O corpo é dividido em três partes distintas ou tagmas, que são interligadas entre si: cabeça, tórax e abdómen. Na cabeça encontram-se um par de antenas sensoriais, um par de olhos compostos, dois ou três olhos simples ou ocelos e as peças bucais: um par de mandíbulas, um par de maxilas e a hipo - faringe. Outras estruturas que fazem parte do aparelho bucal dos insectos são o lábio, o labro, um par de palpos labiais, um par de palpos maxilares e o clípeo. Essas peças são modificadas em cada grupo para atender aos diferentes hábitos alimentares, formando diversos tipos de aparelhos bucais (sugador, mastigador, triturador e lambedor).

      O cefalotórax dos insectos possui seis segmentadas pernas distribuídas por três pares: um para o protórax, outro para o mesotórax e o último par para o metatórax — que são os segmentos que compõem o cefalotórax. Em determinadas espécies podemos encontrar também um par de asas no mesotórax e outro par no metatórax. O abdómen é composto por onze segmentos, embora em algumas espécies de insectos esses segmentos possam ser fundidos ou reduzidos de tamanho. O abdómen também contém a maior parte do aparelho digestivo, respiratório, excretor e estruturas internas reprodutivas. Nos machos o segmento genital é o 9°, onde há a abertura genital. As fêmeas de muitos insectos possuem ovipositores, que são extensões dos segmentos genitais adaptados à postura de ovos.

Anatomia Interna

      Os insectos são protostómios, triblásticos e celomados. Têm um sistema digestivo completo, consistindo num tubo que vai da boca ao ânus. O sistema excretor consiste em túbulos de Malpighi para a remoção dos dejectos nitrogenados e no intestino posterior para a osmorregulação: através do intestino posterior, os insectos são capazes de reabsorver água com os íons K+ e Na+ e, por isso, eles normalmente não excretam água com as fezes, permitindo-lhes conservá-la e, assim, sobreviver em ambientes áridos.

      As traqueias têm aberturas na cutícula chamadas espiráculos, por onde são feitas as trocas gasosas. O sistema circulatório dos insectos, como nos restantes artrópodes, é aberto: o coração bombeia a hemolinfa através de artérias para espaços que rodeiam os órgãos; quando o coração se descontrai, a hemolinfa volta para dentro deste órgão.

      O complexo sistema nervoso é constituído por vários pares de gânglios ligados, fundidos, que se unem na região da cabeça e que formam uma massa cerebral. Esta massa se une a uma longa rede nervosa de gânglios ventrais que vai até a extremidade do abdómen.

Reprodução


      A grande maioria dos insectos nasce a partir de ovos depositados por sua progenitora em locais propícios ao seu desenvolvimento (como em plantas) — o que os classifica como sendo ovíparos. Entretanto, existem casos em que certas espécies de insectos (como a barata Blatella germanica) nascem imediatamente após a postura dos ovos, o que classifica a tais como sendo ovovivíparos. Também existem algumas espécies que são consideradas vivíparas, como é frequente nos pulgões, onde os insectos recém-nascidos saem dos ovos ainda dentro do corpo da mãe. Em certas espécies de vespas parasitas, identifica-se o fenómeno da poliembrionia, onde um único óvulo fertilizado se divide em muitos, em alguns casos, até mesmo milhares de embriões distintos.

      Outras variações de reprodução e desenvolvimento nos insectos podem ser: haplodiploidia, polimorfismo, pedomorfose, dimorfismo sexual, parte na génese e, mais raramente hermafroditismo. Em haplodiploidia, que é um tipo de determinação do sexo num sistema, o sexo da prole é determinado pelo número de conjuntos de cromossomas que um indivíduo recebe. Este sistema peculiar é típico nos Hymenópteros (abelhas, formigas e vespas).

Metamorfose

      A metamorfose nos insectos é um processo biológico de desenvolvimento pela qual as espécies crescem e mudam de forma. Existem duas formas básicas de metamorfose: a metamorfose completa e a metamorfose incompleta.

Metamorfose completa

      A maioria dos insectos grandes têm um ciclo de vida típico que se inicia num ovo, que origina uma larva que se alimenta, ocasionando ecdises (ou trocas de pele) onde cresce, transformando-se em pupa (ou casulo) e em seguida, surge como um insecto adulto que se parece muito diferente da larva original. Esses insectos são frequentemente chamados de Holometábolos, o que significa que passam por uma completa (holo = total) mudança (metábolos = mudança). Estes incluem os Hymenópteros, os Coleópteros, os Dípteros, etc.

Metamorfose incompleta

      Aqueles insectos que nos estágios imaturos têm formas semelhantes aos adultos (com excepção das asas) são chamados de Holometábolos, significando que eles sofrem uma mudança parcial ou simplesmente incompleta (hemi = parcial). Durante a fase em que tais insectos ainda não atingiram a sua maturidade, recebem o nome de ninfas. São representantes deste tipo de metamorfose: os Hemipteros, os Blatódeos, as Odonatas, etc.

Biologia

      Muitos insectos possuem um ou dois pares de asas localizadas no segundo e terceiro segmentos torácicos e são o único grupo de invertebrados que desenvolveu a capacidade de voar, o que teve um importante papel no seu sucesso reprodutivo. Os insectos alados e as espécies relacionadas que perderam secundariamente as asas estão agrupados nos Pterygota.

      Em alguns insectos, o voo depende muito da turbulência atmosférica, mas nos mais “primitivos” está baseado em músculos que fazem bater as asas. Noutras espécies mais “avançadas”, do grupo Neoptera, as asas podem ser dobradas sobre o dorso, e quando em uso são accionadas por uma acção indirecta de músculos que actuam sobre a parede do tórax. Estes músculos contraem-se quando se encontram distendidos, sem necessitarem de impulsos nervosos, permitindo ao animal bater as asas muito mais rapidamente.

       Os insectos jovens, depois de saírem dos ovos, sofrem uma série de mudas ou ecdises a fim de poderem crescer – uma vez que o exo - esqueleto não lhes permite crescer sem o mudarem. Nas espécies que apresentam metamorfose incompleta, os juvenis, chamados ninfas, não possuem asas, e são basicamente iguais aos adultos na forma do corpo; na metamorfose completa, característica dos Endopterygota, a eclosão do ovo produz uma larva, geralmente em forma de verme (a lagarta) que, depois de crescer, se transforma numa pupa que, muitas vezes, se encerra num casulo, ou numa crisálida, que muda consideravelmente de forma, antes de emergir como adulto.

      Algumas espécies de insectos, como as formigas e as abelhas, vivem em sociedades tão bem organizadas que são por vezes consideradas super organismos.

      Muitos insectos possuem órgãos dos sentidos muito refinados; por exemplo, as abelhas podem ver a luz ultravioleta e os machos das falenas têm um forte olfacto que lhes permite detectar as feromonas de fêmeas a quilómetros de distância.

O papel dos insectos no meio ambiente e na sociedade humana

      Muitos insectos são considerados daninhos porque transmitem doenças (mosquitos, moscas), danificam construções (térmitas) ou destroem colheitas (gafanhotos, gorgulhos) e muitos entomologistas economistas ou agrónomos se preocupam com várias formas de lutar contra eles, por vezes usando insecticidas mas, cada vez mais, investigando métodos de bio - controle.

      Apesar destes insectos prejudiciais terem mais atenção, a maioria das espécies é benéfica para o homem ou para o meio ambiente. Muitos ajudam na polinização das plantas (como as vespas, abelhas e borboletas) e evoluíram em conjunto com elas – a polinização é uma espécie de simbiose que dá às plantas a capacidade de se reproduzirem com mais eficiência, enquanto os polinizadores ficam com o néctar e pólen. De fato, o declínio das populações de insectos polinizadores constitui um sério problema ambiental e há muitas espécies de insectos que são criados para esse fim perto de campos agrícolas.

      Alguns insectos também produzem substâncias úteis para o homem, como o mel, a cera, a laca e a seda. As abelhas e os bichos-da-seda têm sido criados pelo homem há milhares de anos e pode dizer-se que a seda afectou a história da humanidade, através do estabelecimento de relações entre a China e o resto do mundo. Em alguns lugares do mundo, os insectos são usados na alimentação humana, enquanto noutros são considerados tabu.

      As larvas da mosca doméstica eram usadas para tratar feridas gangrenadas, uma vez que elas apenas consomem carne morta e este tipo de tratamento está a ganhar terreno actualmente em muitos hospitais.

      Além disso, muitos insectos, especialmente os escaravelhos, são detritívoros, alimentando-se de animais e plantas mortas, contribuindo assim para a remineralização dos produtos orgânicos.

      Embora a maior parte das pessoas não saiba, provavelmente a maior utilidade dos insectos é que muitos deles são insectívoros, ou seja, alimentam-se de outros insectos, ajudando a manter o seu equilíbrio na natureza. Para qualquer espécie de insecto daninha existe uma espécie de vespa que é, ou parasitóide ou predadora dela. Por essa razão, o uso de insecticidas pode ter o efeito contrário ao desejado, uma vez que matam, não só os insectos que se pretendem eliminar, mas também os seus inimigos.







Conclusão


      Como base no que vimos acima chegamos a concluir que: o sistema excretor é formado por um conjunto de órgãos que filtram o sangue, produzem e excretam a urina - o principal líquido de excreção do organismo. É constituído por um par de rins, um par de ureteres, pela bexiga urinária e pela uretra.

      As células vivas estão sujeitas a sofrer osmose, um processo físico-químico que as leva a perder ou ganhar água, com variação de volume. Ao longo do processo evolutivo, os animais desenvolveram diversos mecanismos para regular o processo osmótico a que estão sujeitos. Esses mecanismos constituem o que se denomina osmorregulação.

      Os anelídeos (Annelida, do latim annelus, pequeno anel + ida, sufixo plural) são um filo de animais portadores de metámeros, segmentados, os quais inclui as minhocas, poliquetas e sanguessugas. Existem mais de 200.000 espécies destes animais em praticamente todos os ecossistemas, terrestres, marinhos e de água doce. Encontram-se anelídeos com tamanhos de menos de um milímetro até mais de 5 metros.

      Os insectos (AO 1945: insectos) são invertebrados com exo -esqueleto quitinoso, corpo dividido em três segmentos (cabeça, tórax e abdómen), três pares de patas articuladas, olhos compostos e duas antenas. Seu nome vem do latim insectum. Pertencem à classe Insecta e compõem o maior e mais largamente distribuído grupo de animais do filo Arthropoda e, consequentemente, dentre todos os animais. A ciência que se dedica a estudar os insectos é conhecida como Entomologia.













Bibliografia


Livro: "Biologia - Volume Único". Sônia Lopes, Sérgio Rosso, 2005. Capítulo 23: "Arthropoda e Echinodermata" abaixo do subtópico: "Classe Insecta", na página 328. Publicado pela editora Saraiva S.A.

Página da "Fundação de Medicina Tropical". abaixo do artigo: "Entomologia". Acessado no dia 18 de Agosto de 2011.

Página on-line da revista: "Mundo Estranho", em matéria intitulada: "Quantas espécies de insetos existem no mundo?". Publicado pela Editora Abril.

Página do "Departamento de Zoologia da Universidade Federal do Paraná", no artigo: "Encyrtidae Walker, 1837", abaixo do sub-tópico: "Biologia e Coleta". Acessado em 24 de Agosto de 2011.

"Baratas.net", no artigo: "Reprodução das Baratas". Acessado em 25 de Agosto de 2011.

Página da "BioMania", no artigo: "INSETOS", abaixo do sub-tópico: "Reprodução". Acessado em 24 de Agosto de 2011.

Página da "National Geographic", no artigo: "Abandonados para viver". Acessado em 25 de Agosto de 2011.

CRUZ-LANDIM, Carminda da. Livro: "ABELHAS - MORFOLOGIA E FUNÇAO DE SISTEMAS", no capítulo 3: "Fecundação e embriogênese", página 87.

a b c Pagina do Australian Museum (em inglês), no artigo: "Metamorphosis: a remarkable change". Acessado em 25 de Agosto de 2011.


Fundamentos da Biologia moderna : volume único/José Mariano Amabis, Gilberto Rodrigues Martho. 4.ed.- São Paulo :Moderna,2006. Páginas 399,400,401,402,403

Barnes, Robert D. Zoologia dos Invertebrados,Editora Rocca São Paulo-SP 1984.

Zoologia dos invertebrados/ Ruppert, Edward E.; Barnes, Robert D.: | tradução Paulo M. Oliveira. 6° ed. São Paulo: Editora Roca, 1996.





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