Introdução
O nosso corpo e dos restantes
seres vivos precisa expulsar substâncias tóxicas do organismo.
Isso ocorre devido a vários
processos que ocorrem no seu interior, que envolve vários órgãos, mas surge a
pergunta: como denomina-se o sistema por onde ocorrem esses processos? Como
funcionam? Bem essas são algumas das varias perguntas que aqui serão
respondidas, sendo assim este trabalho foi feito com o intuito de aumentarmos o
nosso conhecimento com relação ao que vai ser abordado mais afrente.
Sistema excretor
O sistema
excretor é formado por um conjunto de órgãos que filtram o sangue, produzem e
excretam a urina - o principal líquido de excreção do organismo. É constituído
por um par de rins, um par de ureteres, pela bexiga urinária e pela uretra.
Os rins
situam-se na parte dorsal do abdómen, logo abaixo do diafragma, um de cada lado
da coluna vertebral, nessa posição estão protegidos pelas últimas costelas e
também por uma camada de gordura. Têm a forma de um grão de feijão enorme e
possuem uma cápsula fibrosa, que protege o córtex - mais externo, e a medula
- mais interna.
Cada rim é
formado de tecido conjuntivo, que sustenta e dá forma ao órgão, e por milhares
ou milhões de unidades filtradoras, os néfrons,
localizados na região renal.
O néfron é
uma longa estrutura tubular microscópica que possui, em uma das extremidades,
uma expansão em forma de taça, denominada cápsula de Bowman, que se conecta com o túbulo contorcido proximal, que continua pela alça de Henle e pelo túbulo contorcido distal; este
desemboca em um tubo colector. São responsáveis pela filtração do sangue e
remoção das excreções.
No ser humano podemos considerar como sistemas
excretores o sistema urinário (onde é produzida a urina) e a pele (que produz
suor através das glândulas sudoríparas). O sistema respiratório, ao eliminar dióxido de carbono, que é um dos principais resíduos
da respiração celular, é por vezes, também incluído neste grupo por alguns
autores (ainda que, na verdade, não seja responsável pela produção de uma
"excreção" no sentido próprio da palavra). Eliminar as substâncias
que estão em excesso, para manter o equilíbrio, chamado de equilíbrio dinâmico, que é fundamental
para o bom funcionamento da célula com o meio. Homeostase.
Função
Eliminar
as substâncias que está em excesso, chamado de equilíbrio dinâmico, que é
fundamental para o bom funcionamento da célula com o meio.
Conceitos
básicos
Diálise do sangue: do sangue
pelo rim; - Diurese: Processo de formação da urina; - Micção: Ato de urinar; - Substância diurética: Aumenta a formação da urina; - Cálculo Renal: Pedras nos rins ou Uréter, causada
pela má alimentação e a falta de água. Trata-se com medicamentos ou ultra-som. - Infecção urinária (cistite): Ardência na micção. Lesões na uretra.
Etapas da actividade
renal em cada néfron:
Ø O filtrado glomerular passa para o túbulo contorcido proximal, ocorrendo
transporte activo de sódio de volta para o sangue. Processo
este estimulado pelo hormônio chamado aldosterona (das supra-renais).
Ø Na alça de Henle, há reabsorção de
água, e a urina primária torna-se mais concentrada. Este é o local de maior
reabsorção de água.
Ø No túbulo contorcido distal volta a acontecer
o transporte activo, com reabsorção de glicose e aminoácidos. Mas neste local também há reabsorção
passiva de água, estimulada pelo ADH (hormônio
antidiurético).
Ø O líquido que chega nos tubos colectores já não contém mais
aminoácidos, glicose ou vitaminas, o seu teor de água é relativamente pequeno,
e ele já pode ser considerado urina.
Ø Substâncias reabsorvidas: água, glicose, electrólitos, aminoácidos, vitaminas; - Substâncias excretadas: água, ureia, ácido úrico, amónia, creatinina, Resíduos metabólicos;
Ø Controle Hormonal da Diurese: ADH - Hormônio Anti-Diurético; -
produzida pelo hipotálamo e libertada pela Hipófise (glândula do cérebro que produz e armazena hormônios); - Actua no néfron aumentando a reabsorção, e portanto diminuindo a
diurese.
Diabetes
insípida :
Ø Diminui a produção do ADH; -
Poliúrica;
Ø Desidratação intensa; Sede
excessiva.
Excreção
nos animais:
Ø Difusão Directa: Invertebrados
inferiores, com excepção dos platelmintos que possuem célula-flama,
especializada na excreção. Os anelídeos possuem nefrídias e os insectos fazem
sua excreção através dos túbulos de Malpighi;
Ø - Rins: Todos os vertebrados fazem
excreção através dos rins;
Ø Pronefros: Próximos à cabeça, estão
tubos em nefróstoma, presentes nos ciclóstomos;
Ø Mesonefros: Região média do corpo,
tubos com nefróstoma e glomérulos. Como nos peixes e anfíbios;
Ø Metanefros: Região posterior do
corpo, apenas com glomérulos. Répteis, aves e mamíferos.
Catabólitos
Amónia: Excretada por animais aquáticos, muito solúvel em
água e muito tóxica, por isso deve ser diluída em alto volume de água. Chamados
de amoniotélicos.
Ureia: Excretada por animais terrestres não ovíparos
(anfíbios e mamíferos), menos tóxica que a amónia. O que representa uma
economia hídrica. Chamados de ureotélicos.
Ácido úrico: O menos tóxico dos três, e também
o menos solúvel em água. Excretado por insectos e vertebrados ovíparos
terrestres (maioria dos répteis e aves). Chamados de uricotélicos.
Osmorregulação e excreção
As células vivas estão sujeitas a sofrer osmose, um processo físico-químico que as leva a perder ou ganhar água, com variação de volume. Ao longo do processo evolutivo, os animais desenvolveram diversos mecanismos para regular o processo osmótico a que estão sujeitos. Esses mecanismos constituem o que se denomina osmorregulação.
Animais osmoconfortantes
Muitas espécies de animais marinhos não sofrem osmose, pois a tonicidade de suas células e líquidos corporais é equivalente à da água salgada. Tais animais são chamados de osmoconformes e não necessitam regular a concentração de seu meio interno. Existem animais, porém, cuja tonicidade interna é muito diferente da tonicidade do local em que vivem. Assim, precisam controlar activamente a quantidade de água que entre e sai do corpo devido à osmose. São por isso chamados de osmorreguladores.
Osmorregulação no ambiente aquático
Animais marinhos
Tubarões e outros peixes
cartilaginosos (raias, cações, quimeras etc.) são capazes de manter a
tonicidade de seu sangue próxima à da água do mar.
Isso é
conseguido pela síntese e acúmulo, no sangue, de uma substância denominada ureia,
que se constitui em um soluto osmoticamente importante. A ureia é continuamente
eliminada pelos rins, de tal maneira que o animal consegue controlar a
quantidade desse soluto no sangue. Os tubarões, possuem ainda uma glândula localizada no intestino reto, que
continuamente retira sais em excesso do sangue, eliminando-os pelo ânus.
Os peixes ósseos marinhos
evoluíram, ao que tudo indica, de ancestrais de água doce. Como herança dessa
origem, a tonicidade de seus líquidos internos é bem menor que a tonicidade da
água do mar. Por isso eles estão continuamente perdendo água para o meio devido
a osmose.
Para
compensar essa perda, os peixes ósseos
marinhos bebem água salgada e são capazes de eliminar o excesso de sal ingerido
através da superfície das brânquias.
Aves
marinhas como as gaivotas e os albatrozes possuem glândulas nasais
especializadas em eliminar excessos de sais do corpo. Tartarugas marinhas
também possuem glândulas semelhantes, que se abrem junto aos olhos.
Mamíferos marinhos como golfinhos e baleias, apesar de não beberem água salgada, sempre ingerem um pouco de água do mar junto com os alimentos. O equilíbrio osmótico desses animais é conseguido por meio da eliminação de sais pelos rins na urina.
Animais
de água doce
Animais de água doce têm problema osmótico inverso ao dos animais de água salgada. As células e líquidos internos dos animais de água doce são hipertónicos em relação ao meio, de modo que estão sempre absorvendo água por osmose.
Os
peixes de água doce têm de eliminar grande quantidade de água na urina e, com
isso, perdem sais importantes. Essa perda salina é compensada pela absorção activa de sais através do epitélio que
reveste as brânquias.
Animais estenoalinos e eurialinos
Animais aquáticos, sejam de água doce ou salgada, em geral não conseguem suportar variações pronunciadas na salinidade do meio onde vivem. Eles são chamados de estenoalinos (do grego steno, estreito, e halos, sal) porque sobrevivem somente em um estreito limite de salinidade da água.
Há animais,
porém, capazes de sobreviver bem em ambientes aquáticos onde a salinidade varia
muito. Eles são chamados eurialinos
(do grego eury, largo) porque suportam larga faixa de variação de
salinidade. Moluscos, crustáceos e
peixes que vivem em estuários de rios, onde a salinidade varia de acordo
com as marés, são exemplo de animais eurialinos.
Osmorregulação no ambiente terrestre
No ambiente terrestre os animais têm de ingerir água, bebendo-a ou comendo alimentos que contenham água. Têm, também de evitar a perda de água por dissecação, desenvolvendo camadas impermeáveis, tais como a concha dos moluscos terrestres, o exo - esqueleto dos insectos ou a camada de queratina da epiderme dos vertebrados terrestres.
A perda de água foi o principal factor a limitar a colonização do ambiente de terra firme, haja visto que apenas um pequeno número de filos animais actuais tem representantes terrestres. Dentre esses, os artrópodos e vertebrados foram os que desenvolveram os mais eficientes mecanismos de obtenção e economia de água e de sais minerais.
Para os
vertebrados terrestres, a osmorregulação consiste em ingerir água e sais em
quantidades suficientes, evitando que essas substâncias faltem ou se acumulem
no sangue. Os rins são os
principais órgãos encarregados de manter o sangue na tonicidade adequada,
através da eliminação dos excessos de água, sai e outras substâncias
osmoticamente activas na urina.
Evolução do
Sistema Excretor
|
Evolução dos sistemas excretores em diferentes
grupos
Platelmintes
Os platelmintes, como a planária, os túbulos excretores designam-se
protonefrídios, que se distribuem por todo o corpo, associados a uma rede de
canais que se comunicam com o exterior através de poros excretores.
Os protonefrídios são túbulos com o topo alargado e fechado por células
especializadas denominadas células-flama. Como os platelmintes não apresentam
sistema circulatório, as células-flama encontram-se mergulhadas no fluido que
banha as células do corpo. Este fluido é filtrado para as células-flama e o
batimento dos cílios desloca-o ao longo dos túbulos que o drenam para os ductos
excretores que, por sua vez, esvaziam-se para o meio exterior através dos poros
excretores.
Anelídeos
Nos anelídeos, os vasos sanguíneos estão intimamente associados aos
órgãos excretores. Nos órgãos excretores da minhoca observa-se uma associação
típica de túbulos, que se designam por metanefrídios. Cada metanefrídio é
constituído por um túbulo aberto nas duas extremidades e enrolado em
serpentina. Em cada metanefrídio o nefrostoma (funil ciliado localizado na
extremidade mais interna do metanefrídio) colecta o fluido celómico do segmento
anterior a ele. À medida que este fluido se desloca ao longo do túbulo, o
epitélio que rodeia o lúmen vai reabsorvendo as substâncias úteis para os
capilares sanguíneos. O fluido que não é reabsorvido acumula-se na bexiga que
se esvazia periodicamente através do poro excretor.
Insectos
Os túbulos de Malpighi são os órgãos excretores dos insectos e de outros
Artrópodes terrestres que possuem um sistema circulatório aberto. Os túbulos de
Malpighi são estruturas que se desenvolvem na porção posterior do corpo,
estando a sua extremidade livre fechada e mergulhada na cavidade do corpo
banhada pelo sangue, dando-se a filtração através da parede do tubo. O filtrado
é conduzido para o recto, onde são reabsorvidas para o sangue, por glândulas
rectais especializadas, grandes quantidades de água e alguns sais minerais. O
ácido úrico e outras substâncias são eliminados como uma pasta semi-seca
juntamente com as fezes.
Vertebrados
Os vertebrados possuem como órgãos de excreção e de osmorregulação os
rins. Estes são órgãos compactos que têm como unidades funcionais os nefrónios,
que são estruturas associadas a formações vasculares. Os nefrónios revelam um
progressivo aumento de complexidade desde os Peixes até aos Mamíferos. Ao longo
do desenvolvimento embrionário dos Vertebrados observa-se uma evolução gradual
a partir da meso - derme de três tipos de rins:
Ø Pronefro, ou primeiro rim (o primeiro no tempo e com posição mais anterior
no organismo), tem uma localização cervical;
Ø Mesonefro, ou
segundo rim, com uma localização torácica;
Ø Metanefro, terceiro rim ou rim definitivo, tem uma localização junto das vértebras
lombares.
Funcionamento do rim humano
Os rins são órgãos excretores compactos que regulam a composição do
sangue e formam a urina, que é transportada a partir dos rins para a bexiga
através dos ureteres. A bexiga esvazia-se para o exterior através da uretra. Duas
regiões funcionais dos rins são o córtex renal e a capa medular. A urina
formada nessas regiões é drenada para uma câmara central, a pélvis renal, que
conduz aos ureteres. Posicionados de forma radial nos rins estão centenas de
milhares de nefrónios, as unidades funcionais dos rins. O nefrónio é
constituído por uma porção tubular, o tubo urinífero, associado a formações
vasculares das quais se destaca um glomérulo de vasos capilares. No tubo
urinífero podem distinguir-se várias regiões:
Ø Cápsula de Bowman – zona inicial, em forma de taça, de parede dupla,
localizada no córtex renal;
Ø Túbulo contorcido proximal – porção tubular que se segue à cápsula de
Bowman e que se localiza ainda no córtex renal;
Ø Ansa de Henle – porção do tubo urinífero em forma de U, constituída por um
ramo descendente e um ramo ascendente, ambos localizados na zona medular do
rim;
Ø Túbulo contorcido distal – zona terminal do tubo urinífero localizada no córtex.
A pressão sanguínea faz com que a água e todos os pequenos solutos do
plasma sanguíneo dos capilares glomerulares atravessem a parede da cápsula e
entrem no lúmen do túbulo urinífero formando um filtrado que é processado a
medida que se move ao longo do túbulo. A partir do glomérulo, o sangue
movimenta-se numa artéria eferente para um segundo grupo de capilares, os
capilares peritubulares, que envolvem os túbulos contorcidos distal e proximal.
Estendendo-se para baixo está uma rede de capilares associados com a ansa de
Henle. O fluido intersticial que banha o nefrónio possui um contínuo tráfico de
substâncias que passam entre as várias regiões do túbulo urinífero e o plasma
sanguíneo dos capilares do nefrónio. Esta mudança química consiste na secreção,
adição selectiva de compostos do sangue para o filtrado dentro do túbulo, e a
reabsorção, o transporte de substâncias de volta para o sangue a partir do
filtrado. O processamento do filtrado contínua no ducto colector, e o produto
final, agora chamado urina, vai para a pélvis renal.
Anelídeo
Os anelídeos (Annelida, do latim annelus, pequeno anel + ida,
sufixo plural) são um filo de animais portadores de metámeros, segmentados, os quais inclui as minhocas, poliquetas
e sanguessugas. Existem mais de 200.000 espécies destes animais em praticamente todos os ecossistemas, terrestres,
marinhos e de água doce. Encontram-se anelídeos com tamanhos de menos de um
milímetro até mais de 5 metros.
A
característica mais peculiar do filo é a metametria, ou seja, a divisão do
corpo em partes similares, ou segmentos, que estão dispostos em uma série
linear ao longo antero-posterior.
Os
anelídeos são animais com corpo alongado, com simetria lateral, segmentado,
triblásticos, protostómios e celomados, ou seja, com a cavidade do corpo
preenchida de um fluido, onde o intestino e os outros órgãos se encontram
suspensos.
Os oligoquetos
e os poliquetos possuem celoma grande, mas, nas sanguessugas, o celoma está
preenchido por tecidos e é reduzido a um sistema de estreitos canais; em alguns
arquianelídeos o celoma está completamente ausente. O celoma pode estar
dividido numa série de compartimentos por septos. Em geral, cada compartimento
corresponde a um segmento e inclui uma porção do sistema nervoso e
circulatório, permitindo-lhes funcionar com relativa independência. Cada
segmento está dividido externamente em um ou mais anéis, sendo coberto por uma
cutícula segregada pela epiderme e, internamente, possui um fino sistema de
músculos longitudinais. Estas características são parcialmente comuns aos
nemátodos e aos artrópodes e, por isso, eles foram durante algum tempo
colocados no mesmo grupo sistemático, o filo Articulata, mas estudos mais
recentes revelaram que essas características devem ser consideradas como
convergências evolutivas.
Nas
minhocas (Oligochaeta), os músculos são reforçados por lamelas de colagénio; as
sanguessugas (Hirudinea) têm uma camada dupla de músculos, sendo os exteriores
circulares e os interiores longitudinais, o músculo oblico se situa entre esses
músculos. Os Hirudineas possuem também músculos dorso - ventrais.
A maioria
dos anelídeos possui, em cada segmento, um par de cerdas, mas os Polychaeta
(minhocas marinhas) possuem ainda um par de apêndices denominados parapódios
(ou "falsos pés"). Na extremidade anterior do corpo, antes dos
verdadeiros segmentos - a cabeça -, encontra-se o protostómio onde podem ser
encontrados os olhos e outros órgãos dos sentidos. No segmento seguinte,
peristómio, encontra-se a boca. A extremidade posterior do corpo é o pigídio,
onde está localizado o ânus e células com capacidade de diferenciação nos
diversos tecidos, durante o crescimento. Muitos poliquetos possuem órgãos de
sentidos bastante elaborados, mas as formas sésseis muitas vezes apresentam
tentáculos em forma de pluma, que eles utilizam para se alimentarem. Para além
disso, muitas espécies têm fortes maxilas, por vezes mineralizadas com óxido de
ferro.
O sistema
digestório dos anelídeos é completo, com a boca situada no primeiro segmento
corporal e o ânus localizado no último segmento. A digestão é extra-celular, o
tubo digestivo é bastante especializado, devido à variedade das dietas. Muitas
espécies são predadoras, como, por exemplo, os poliquetos carnívoros que
possuem mandíbulas para a captura de alimento; outro são detritívoras; as
minhocas possuem cecos intestinais e tifossole que aumenta a absorção do
alimento; outras alimentam-se por filtração, outras ainda ingerem sedimentos,
dos quais o intestino tem de separar a parte nutritiva; finalmente, as
sanguessugas alimentam-se de sangue de outros animais, por sucção.
O sistema
circulatório dos anelídeos é fechado, formado por vasos sanguíneos
interligados, composto por um vaso sanguíneo dorsal que leva o
"sangue" no sentido da posterior e outro ventral, que o traz na
direcção oposta; em cada segmento, existe um par de vasos sanguíneos laterais,
conectando o vaso longitudinal dorsal e ventral.
O sistema
nervoso dos anelídeos é formado por um par de gânglios cerebrais, que está
localizado dorsalmente sobre a faringe e por dois cordões nervosos ventrais,
com um par de gânglios por metámero. Várias espécies marinhas de anelídeo
possuem órgãos sensoriais bem desenvolvidos, como, por exemplo, tentáculos,
olhos e papilas sensoriais. A Sabela, a Sérpula e o Espirógrafo são anelídeos
sedentários e possuem numerosas sedas. Ligam-se ao solo através de um tubo
feito do líquido que segregam e a que juntam areia e pedra. O Espirógrafo
apresenta, tal como o seu nome indica, a forma de espiral.
Respiração
As
minhocas não apresentam órgãos respiratórios especializados; as trocas gasosas
com o ambiente ocorrem através de toda a epiderme (respiração cutânea). Os
poliquetos também respiram pela superfície do corpo, podendo ainda ter
brânquias. Nas espécies que formam tubos, as brânquias concentra-se na região
anterior do corpo, projectando-se como um “espanador” para fora do tubo. Em
outras espécies as brânquias são filamentos finos e ligados às laterais de cada
metámero.
Sistema
nervoso
O sistema
nervoso é ganglionar. possui um par de gânglios cerebrais ("cérebro")
e um cordão nervoso maciço, duplo, ventral, que se estende por todo o
comprimento do corpo, com um gânglio e pares de nervos laterais em cada
segmento.
Reprodução
A forma de
reprodução dos anelídeos varia de espécie para espécie, podendo ser tanto
assexuada como sexuada. Um exemplo, são as minhocas que embora sejam animais
hermafroditas, pode ou não ser necessárias duas minhocas para a reprodução.
Elas se unem de forma a ficarem os poros masculinos de uma encostada aos
receptáculos sémen | seminais de outra, possibilitando, assim, a fecundação dos
óvulos pelos espermatozóides. Caso a reprodução seja assexuada, os óvulos e os espermatozóides
da própria minhoca (o receptáculo seminal está sem espermatozóide caso a
reprodução seja assexuada) são liberados e agregados ao muco liberado pelo
clitelo. O indivíduo formado é geneticamente igual ao seu progenitor.
Insectos
Os insectos (AO 1945: insectos) são invertebrados com exo -esqueleto quitinoso, corpo dividido em três segmentos (cabeça, tórax e abdómen), três pares de patas articuladas, olhos compostos e duas antenas. Seu nome vem do latim insectum.
Pertencem à classe Insecta e
compõem o maior e mais largamente distribuído grupo de animais do filo Arthropoda e, consequentemente, dentre todos os animais. A
ciência que se dedica a estudar os insectos é conhecida como Entomologia.
Os insectos
são o grupo de animais mais diversificado existente na Terra. Embora não
haja um consenso entre os entomologistas, estima-se que existam de 5 a 10
milhões de espécies diferentes, sendo que quase 1 milhões destas espécies já
foram catalogadas. Os insectos podem ser encontrados em quase todos os ecossistemas do planeta, mas só um pequeno número de espécies se
adaptaram à vida nos oceanos. Existem aproximadamente 5 mil
espécies de Odonata (libelinhas), 20 mil de Orthoptera (gafanhotos e grilos), 170 mil de Lepidópteros (borboletas), 120 mil de Dípteros (moscas), 82 mil de Hemipteros (percevejos e afídeos), 350 mil de Coleópteros (besouros) e 110 mil de Hymenópteros (abelhas, vespas e formigas).
Alguns
grupos menores, com uma anatomia semelhante, como os colêmbolos, eram agrupados com os insectos no grupo Hexapoda, mas actualmente seguem um grupo parafilético
Ellipura, tendo discussões filogenéticas relevantes no campo da biologia
comparativa. Os verdadeiros insectos distinguem-se dos outros artrópodes por
serem ectognatas, ou seja, com as peças bucais externas e
por terem onze segmentos abdominais. Muitos artrópodes terrestres, como as centopeias, mil-pés, escorpiões, aranhas, como também micro - artrópodes colêmbolos são muitas vezes considerados erroneamente insectos.
Plano
corporal
Os
insectos actuais são geralmente pequenos e têm o corpo segmentado, protegido por um exo - esqueleto rígido de um material conhecido como quitina. Podem ser caracterizados como animais de simetria
bilateral. O corpo é dividido em três partes distintas ou tagmas, que são
interligadas entre si: cabeça, tórax e abdómen. Na cabeça encontram-se um par de antenas sensoriais, um par de olhos compostos, dois ou três olhos simples ou ocelos e as peças bucais: um par de mandíbulas, um par de maxilas e a hipo - faringe. Outras estruturas que fazem parte do aparelho bucal
dos insectos são o lábio, o labro, um par de palpos labiais, um par de palpos maxilares e o clípeo. Essas
peças são modificadas em cada grupo para atender aos diferentes hábitos
alimentares, formando diversos tipos de aparelhos bucais (sugador, mastigador,
triturador e lambedor).
O
cefalotórax dos insectos possui seis segmentadas pernas distribuídas por três
pares: um para o protórax, outro para o mesotórax e o último par para o
metatórax — que são os segmentos que compõem o cefalotórax. Em determinadas
espécies podemos encontrar também um par de asas no mesotórax
e outro par no metatórax. O abdómen é composto por onze segmentos, embora em
algumas espécies de insectos esses segmentos possam ser fundidos ou reduzidos
de tamanho. O abdómen também contém a maior parte do aparelho digestivo, respiratório, excretor e estruturas internas reprodutivas. Nos machos o segmento
genital é o 9°, onde há a abertura genital. As fêmeas de muitos insectos
possuem ovipositores, que são extensões dos segmentos
genitais adaptados à postura de ovos.
Anatomia
Interna
Os
insectos são protostómios, triblásticos e celomados. Têm um sistema digestivo completo, consistindo num tubo que vai da boca ao ânus. O sistema excretor consiste em túbulos de Malpighi para a remoção dos dejectos nitrogenados e no intestino posterior para a osmorregulação: através do intestino posterior, os
insectos são capazes de reabsorver água com os íons K+ e Na+ e, por isso, eles
normalmente não excretam água com as fezes, permitindo-lhes conservá-la e,
assim, sobreviver em ambientes áridos.
As traqueias
têm aberturas na cutícula chamadas espiráculos, por onde são feitas as trocas gasosas. O sistema circulatório dos insectos, como nos restantes
artrópodes, é aberto: o coração bombeia a hemolinfa através de artérias para espaços que rodeiam os órgãos; quando o coração se descontrai, a
hemolinfa volta para dentro deste órgão.
O complexo
sistema nervoso é constituído por vários pares de gânglios ligados, fundidos, que se unem na região da cabeça e
que formam uma massa cerebral. Esta massa se une a uma longa rede
nervosa de gânglios ventrais que vai até a extremidade do abdómen.
Reprodução
A grande
maioria dos insectos nasce a partir de ovos depositados
por sua progenitora em locais propícios ao seu desenvolvimento (como em plantas) — o que os classifica como sendo ovíparos. Entretanto, existem casos em que certas espécies de insectos
(como a barata Blatella germanica) nascem imediatamente após a
postura dos ovos, o que classifica a tais como sendo ovovivíparos. Também existem algumas espécies que são consideradas
vivíparas, como é frequente nos pulgões, onde os insectos recém-nascidos saem dos ovos ainda
dentro do corpo da mãe. Em certas espécies de vespas parasitas, identifica-se o fenómeno da poliembrionia, onde um único óvulo fertilizado se divide em muitos, em alguns casos, até mesmo
milhares de embriões distintos.
Outras
variações de reprodução e desenvolvimento nos insectos podem ser:
haplodiploidia, polimorfismo, pedomorfose, dimorfismo sexual, parte na génese e, mais raramente hermafroditismo. Em haplodiploidia, que é um tipo de determinação do
sexo num sistema, o sexo da prole é determinado pelo número de conjuntos de cromossomas que um indivíduo recebe. Este sistema peculiar é
típico nos Hymenópteros (abelhas, formigas e vespas).
Metamorfose
A
metamorfose nos insectos é um processo biológico de desenvolvimento pela qual as espécies crescem e
mudam de forma. Existem duas formas básicas de metamorfose: a metamorfose
completa e a metamorfose incompleta.
Metamorfose
completa
A maioria
dos insectos grandes têm um ciclo de vida típico que se inicia num ovo, que
origina uma larva que se alimenta, ocasionando ecdises (ou trocas
de pele) onde cresce, transformando-se em pupa (ou casulo)
e em seguida, surge como um insecto adulto que se
parece muito diferente da larva original. Esses insectos são frequentemente
chamados de Holometábolos, o que significa que passam por uma
completa (holo = total) mudança (metábolos = mudança). Estes
incluem os Hymenópteros, os Coleópteros, os Dípteros, etc.
Metamorfose
incompleta
Aqueles insectos
que nos estágios imaturos têm formas semelhantes aos adultos (com excepção das
asas) são chamados de Holometábolos, significando que eles sofrem uma mudança parcial ou
simplesmente incompleta (hemi = parcial). Durante a fase em que tais insectos
ainda não atingiram a sua maturidade, recebem o nome de ninfas. São representantes deste tipo de metamorfose:
os Hemipteros, os Blatódeos, as Odonatas, etc.
Biologia
Muitos
insectos possuem um ou dois pares de asas localizadas no segundo e terceiro
segmentos torácicos e são o único grupo de invertebrados que desenvolveu a capacidade de voar, o que teve um
importante papel no seu sucesso reprodutivo. Os insectos alados e as espécies relacionadas que
perderam secundariamente as asas estão agrupados nos Pterygota.
Em alguns
insectos, o voo depende muito da turbulência atmosférica, mas nos mais “primitivos” está baseado em músculos que fazem bater as asas. Noutras espécies mais
“avançadas”, do grupo Neoptera, as asas podem ser dobradas sobre o
dorso, e quando em uso são accionadas por uma acção indirecta de músculos que actuam
sobre a parede do tórax. Estes músculos contraem-se quando se encontram
distendidos, sem necessitarem de impulsos nervosos, permitindo
ao animal bater as asas muito mais rapidamente.
Os
insectos jovens, depois de saírem dos ovos, sofrem uma
série de mudas ou ecdises a fim de poderem crescer – uma vez
que o exo - esqueleto não lhes permite crescer sem o mudarem. Nas espécies que apresentam metamorfose incompleta, os juvenis, chamados ninfas, não possuem asas, e são
basicamente iguais aos adultos na forma do corpo; na metamorfose
completa, característica dos Endopterygota, a eclosão do ovo produz uma larva, geralmente
em forma de verme (a lagarta) que, depois de crescer, se transforma numa pupa que, muitas
vezes, se encerra num casulo, ou numa crisálida, que muda consideravelmente de forma, antes de
emergir como adulto.
Algumas
espécies de insectos, como as formigas e as abelhas, vivem em sociedades tão bem organizadas que são por
vezes consideradas super organismos.
Muitos
insectos possuem órgãos dos sentidos muito refinados; por exemplo, as abelhas podem ver a luz ultravioleta e os machos das falenas têm um
forte olfacto que lhes permite detectar as feromonas de fêmeas a quilómetros de distância.
O papel dos
insectos no meio ambiente e na sociedade humana
Muitos
insectos são considerados daninhos porque transmitem doenças (mosquitos, moscas), danificam construções (térmitas) ou destroem colheitas (gafanhotos, gorgulhos) e muitos entomologistas economistas ou agrónomos se preocupam com várias
formas de lutar contra eles, por vezes usando insecticidas mas, cada vez mais, investigando métodos de bio - controle.
Apesar
destes insectos prejudiciais terem mais atenção, a maioria das espécies é benéfica para o homem ou para o meio ambiente. Muitos ajudam na polinização das plantas (como as vespas, abelhas e borboletas) e evoluíram em conjunto com elas – a polinização é uma espécie de
simbiose que dá às plantas a capacidade de se reproduzirem com mais eficiência, enquanto os polinizadores ficam
com o néctar e pólen. De fato, o declínio das populações de insectos
polinizadores constitui um sério problema ambiental e há muitas espécies de
insectos que são criados para esse fim perto de campos agrícolas.
Alguns
insectos também produzem substâncias úteis para o homem, como o mel, a cera, a laca e a seda. As abelhas
e os bichos-da-seda têm sido criados pelo homem há
milhares de anos e pode dizer-se que a seda afectou a história da humanidade,
através do estabelecimento de relações entre a China e o resto
do mundo. Em alguns lugares do mundo, os insectos são usados na alimentação humana, enquanto noutros são considerados tabu.
As larvas da mosca doméstica
eram usadas para tratar feridas gangrenadas, uma vez que elas apenas consomem carne morta e este
tipo de tratamento está a ganhar terreno actualmente em muitos hospitais.
Além
disso, muitos insectos, especialmente os escaravelhos, são detritívoros, alimentando-se de animais e plantas mortas,
contribuindo assim para a remineralização dos produtos orgânicos.
Embora a
maior parte das pessoas não saiba, provavelmente a maior utilidade dos insectos
é que muitos deles são insectívoros, ou seja, alimentam-se de outros insectos, ajudando a
manter o seu equilíbrio na natureza. Para qualquer espécie de insecto daninha
existe uma espécie de vespa que é, ou parasitóide ou predadora dela. Por essa razão, o uso de insecticidas pode ter o efeito contrário ao desejado, uma vez que
matam, não só os insectos que se pretendem eliminar, mas também os seus
inimigos.
Conclusão
Como base no que vimos acima chegamos a
concluir que: o sistema
excretor é formado por um conjunto de órgãos que filtram o sangue, produzem e
excretam a urina - o principal líquido de excreção do organismo. É constituído
por um par de rins, um par de ureteres, pela bexiga urinária e pela uretra.
As células
vivas estão sujeitas a sofrer osmose,
um processo físico-químico que as leva a perder ou ganhar água, com variação de
volume. Ao longo do processo evolutivo, os animais desenvolveram diversos
mecanismos para regular o processo osmótico a que estão sujeitos. Esses
mecanismos constituem o que se denomina osmorregulação.
Os anelídeos (Annelida, do latim annelus, pequeno anel + ida,
sufixo plural) são um filo de animais portadores de metámeros, segmentados, os quais inclui as minhocas, poliquetas
e sanguessugas. Existem mais de 200.000 espécies destes animais em praticamente todos os ecossistemas, terrestres, marinhos
e de água doce. Encontram-se anelídeos com tamanhos de menos de um milímetro
até mais de 5 metros.
Os insectos (AO 1945: insectos) são invertebrados com exo -esqueleto quitinoso, corpo dividido em três segmentos (cabeça, tórax e abdómen), três pares de patas articuladas, olhos compostos e duas antenas. Seu nome vem do latim insectum.
Pertencem à classe Insecta e
compõem o maior e mais largamente distribuído grupo de animais do filo Arthropoda e, consequentemente, dentre todos os animais. A
ciência que se dedica a estudar os insectos é conhecida como Entomologia.
Bibliografia
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- Volume Único". Sônia Lopes, Sérgio Rosso, 2005. Capítulo 23: "Arthropoda
e Echinodermata" abaixo do subtópico: "Classe Insecta",
na página 328. Publicado pela editora Saraiva S.A.
↑ Página da "Fundação
de Medicina Tropical". abaixo do artigo: "Entomologia". Acessado no dia 18 de Agosto de 2011.
↑ Página
on-line da revista: "Mundo Estranho", em matéria intitulada: "Quantas espécies de insetos existem no mundo?". Publicado pela Editora Abril.
↑ Página do "Departamento
de Zoologia da Universidade Federal do Paraná", no artigo: "Encyrtidae Walker, 1837", abaixo do sub-tópico: "Biologia
e Coleta". Acessado em 24 de Agosto de 2011.
↑ Página da "BioMania",
no artigo: "INSETOS", abaixo do sub-tópico: "Reprodução".
Acessado em 24 de Agosto de 2011.
↑ Página da "National
Geographic", no artigo: "Abandonados para viver". Acessado em 25 de Agosto de 2011.
↑
CRUZ-LANDIM, Carminda da. Livro: "ABELHAS - MORFOLOGIA E FUNÇAO DE SISTEMAS", no capítulo 3: "Fecundação
e embriogênese", página 87.
↑ a b c Pagina do Australian Museum
(em inglês), no artigo: "Metamorphosis: a remarkable change". Acessado em 25 de Agosto de 2011.
Fundamentos da Biologia moderna : volume
único/José Mariano Amabis, Gilberto Rodrigues Martho. 4.ed.- São
Paulo :Moderna,2006. Páginas 399,400,401,402,403
Barnes, Robert D. Zoologia dos Invertebrados,Editora
Rocca São Paulo-SP 1984.
Zoologia dos invertebrados/ Ruppert, Edward E.;
Barnes, Robert D.: | tradução Paulo M. Oliveira. 6° ed. São Paulo: Editora
Roca, 1996.
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