Introdução
Com
o passar dos anos e o país transformado em canteiro de obras bem como pelo
facto de se estar a fazer um esforço para se tornar o país um lugar melhor para
se viver, urge
a necessidade de se organizarem os bairros de modo a que estes tenham ou passem a ter uma denominação e que a mesma seja conhecida não apenas pelas autoridades locais (comissão de moradores, sobas, etc) mas também por outras, para que se possa preservar a história dos próprios bairros e distribuir ou fornecer melhor os serviços básicos à população.
a necessidade de se organizarem os bairros de modo a que estes tenham ou passem a ter uma denominação e que a mesma seja conhecida não apenas pelas autoridades locais (comissão de moradores, sobas, etc) mas também por outras, para que se possa preservar a história dos próprios bairros e distribuir ou fornecer melhor os serviços básicos à população.
Tendo
em vista esta necessidade viu-se este trabalho como uma oportunidade de dar o
nosso contributo embora que, ínfimo, no campo da criação de documentos
relacionados à história da formação dos bairros.
Espera-se
que estas páginas sirvam para elucidar algumas questões sobre o Bairro
Kapalanga.
Toponímia: conceitos
É
o estudo dos nomes próprios de lugares da sua origem e evolução. É também definida como o estudo etimológico
dos nomes de lugares.
Do
grego Topos ‘‘lugar’’ e nymia ‘‘nome’’, significando, portanto, nome de lugar é
a divisão da onomástica que estuda os topónimos, ou seja, nomes próprios de
lugares, da sua origem e evolução, é considerada uma parte Linguística, com
fortes ligações com a História, Arquitectura e a Geografia.
Kapalanga: origem toponímica
O
bairro tem esta denominação pelo facto de o primeiro morador se ter chamado
Epalanga sendo o mesmo trabalhador numa serração na zona do pólo industrial de
Viana na categoria de guarda, tendo falecido em meados de 1985 como
consequência de uma picada de cobra, em sua homenagem o bairro passou a ser
chamado de Kapalanga que não é propriamente o nome do primeiro morador pois
achou-se que o bairro ser chamado de Epalanga não seria um nome muito sonante
ou apelativo tendo-se por isso retirado a inicial do nome ‘‘E’’ substituído
pelo prefixo ‘‘Ka’’ em Kimbundu passando o bairro a ser conhecido e chamado de
Kapalanga.
A
prior o bairro era constituído apenas por lavras tendo mais tarde surgido uma
unidade militar chamada ‘‘Onças das Montanhas’’ comandada por Kundi Payama e os
homens que compunham esta unidade eram na sua maioria da província do Kunene.
O
bairro é habitado por pessoas de várias etnias com maior incidência para os
provenientes do Kunene, Huambo, Benguela, Bié, Malanje, Kwanza-Norte, etc.
Em
relação aos limites geográficos, o bairro faz fronteira com o município de
Cacuaco (Norte), a estrada nacional 230 (Sul), a via Expressa (Este) e com a
Caop B (Oeste).
Outras informações sobre o bairro
O
bairro tem presenciado crescimento nas mais variadas áreas, a saber: educação,
saúde, saneamento, transportes, etc.
Educação:
conta com quatro escolas primárias, uma do primeiro ciclo e uma do segundo
ciclo, dezasseis escolas comparticipadas, uma universidade (Piaget).
Saúde:
nesta área o bairro conta com um hospital municipal, um hospital das madres
(Eusébio), onze postos médicos e inúmeras farmácias.
Saneamento:
está ao dispor da população uma operadora (SGO) que com muita dificuldade faz a
recolha do lixo.
Transporte:
são várias as empresas de transporte que operam no município facilitando de que
maneira a vida dos moradores principalmente daqueles que levantam-se cedo e têm
como destino a baixa de Luanda e arredores.
As
transportadoras são:
Ø SGO;
Ø TURA
e;
Ø MACON.
Pelo
bairro passa a linha férrea e temos a felicidades de ter uma estação (do
Kapalanga).
Conclusões e Recomendações
Conclui-se
que o bairro Kapalanga é um bairro em ascensão pois vêm-se novos moradores
mudando-se para o mesmo todos os dias e pelo facto de que há e continuam-se a revidar
esforços para proporcionar o essencial aos moradores nos sectores da saúde,
educação, emprego, segurança, transportes, saneamento, energia, etc.
Recomenda-se,
porém, à comissão de moradores e administração do município que se façam
esforços para desenvolver projectos no âmbito da toponímia pois todos os dias
são atribuídos nomes a certas localidades e muitas vezes, para não dizer maior
parte das vezes, não são do conhecimento das entidades mencionadas acima, e,
meso por ocasião da investigação para a feitura deste trabalho nos deparamos
com este problema, ou seja, algumas pessoas não tinham conhecimento sobre a
origem do nome do bairro em causa e outras davam informações muito vagas.
Reforça-se mais uma vez a necessidade de existir uma área que seja capaz e
esteja disponível para atender a questões ou investigações deste cunho.
Bibliografia
FAURE, Roberto. Números de Dicionário Geográficos
étnicos e do mundo - Madrid: Espasa, 2004.
SAMPAIO DE ANDRADE, António - Dicionário
Corográfico de Portugal Contemporâneo. Porto: Livraria Figueirinhas, 1944.
NETO, Francisco (Presidente da Comissão de Moradores)
– Entrevista.
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